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A população dos baby boomers (nascidos entre 1944 e 1964) tem crescido vertiginosamente em todo o mundo, e até já é chamada faixa demográfica “Cool-Ager” - idade legal, ou idade fixe, como se diz aqui em Portugal.
Pertencer à turma Cool-Ageing é bem melhor, em minha opinião, do que à Golden-Ageing, como a que até há pouco usavam para se referir a uma era dourada, composta de aposentadas sem qualquer vínculo com modernidade ou dinamismo.
Nós, os séniores com mais de 60 anos estamos a derrubar todas as noções pré-concebidas do que uma pessoa mais velha deve ser, sentir e quer.
Simplesmente modificamos o significado do que é ser velho. E isso tem gerado muito o que falar no mundo dos negócios.
À medida que envelhecemos, essas nossas novas atitudes, comportamentos, desejos, gostos e desgostos podem determinar o sucesso ou o fracasso das empresas que querem capturar uma parte desta oportunidade de ouro da economia prateada de, nada mais, nada menos, 4,56 triliões de dólares.
Veja só!
De acordo com o 4º Relatório de Oportunidades de Negócio da Economia Prateada da Ásia-Pacífico (edição de 2020), foram identificadas 10 tendências/oportunidades fundamentais para o envelhecimento demográfico da Ásia-Pacífico.
O relatório citado apresenta os negócios que já estão a se aquecer, para nos atender enquanto caminhamos rumo aos 100 anos. São os relativos à:
Face à disposição crescente dos mais velhos em relação às tecnologias de gestão de saúde, este ramo da economia será cada vez mais procurado..
10. Economia local
Negócios a 1 km de distância de onde vivemos, trabalhamos e nos divertimos serão cada vez mais valorizados.
Um dos 10 ramos empresariais acima mencionados diz respeito ao fato de que cada vez mais e mais pessoas vivem, e viverão, até pelos menos aos 100 anos.
A nossa vida centenária certamente acarretará transformações na forma como viveremos, trabalharemos e nos divertiremos.
E é aí que os empreendedores da Silver Economy devem estar atentos para oferecer produtos e serviços que nos propiciem viver bem e sermos felizes.
O especialista em longevidade Professor Andrew Scott do Reino Unido, e coautor do best-seller "The 100 Year Life", divulga o potencial de mercado da economia prateada e afirma:
"A grande indústria que está a emergir precisa atender a busca por: Como envelhecer bem.”
Regista, também, que o foco desse setor da economia deve deixar de ser só “o envelhecimento” para ser “o envelhecimento somado ao fato de permanecemos jovens por mais tempo.”
As potenciais implicações de uma vida de 100 anos significam que os anos de vida saudáveis estão a aumentar e os padrões de compra alargam-se para além do consumo de cuidados de saúde.
Estamos a vivenciar inúmeras transformações na forma como vivemos em relação à vida de nossos pais.
As tradicionais fases da vida: estudar, trabalhar e reformar-se, evoluíram. Hoje, cumprimos todas essas fases sem ordem fixa, e sem que a passagem por uma, signifique que não possamos vir a experimentá-la novamente.
Vivenciamos experiências em:
em qualquer idade ou momento de nossas existências.
Sobre este fato, diz Andrew Scott:
“À medida que nos ajustamos a vidas mais longas, teremos que manter nossas opções em aberto, ser criativos e dispostos a novas maneiras de viver.”
Para concluir, vejo um cenário à frente de nossa vida centenária extremamente positivo.
Cabe a nós, séniores, a escolha de como lá chegaremos.
Poderemos ser maratonistas aos 100, ou totalmente “dependentes” aos 70.
Pensemos nisso e tenhamos foco e vontade para uma Boa e Feliz Vida Centenária!