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Nos Estados Unidos, a esperança de vida caiu um ano no primeiro semestre de 2020 segundo a estimativa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o que terá sido a maior queda desde a 2ª Guerra Mundial, onde se registou um recuo de três anos entre 1942 e 1943.
Segundo a especialista em demografia, Maria João Valente Rosa “o triénio 2019-2021 já deverá traduzir o efeito da pandemia, mas isso dependerá muito de como 2021 se comportar.
Se 2021 decorrer como 2020, é certa uma redução da esperança média de vida aos 65 anos, face ao triénio anterior”, refere a especialista.
Veja aqui a entrevista com Maria João Valente Rosa e o podcast
Os valores finais da esperança média de vida aos 65 anos para os anos de 2018 a 2020 estarão disponíveis a 28 de maio de 2021.
Enquanto, os valores para os anos de 2019 a 2021 ainda que provisórios, deverão ser conhecidos no final de 2021, segundo informação do INE.
Estamos a iniciar a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030), lançada no dia 14 de Dezembro de 2020 pela ONU.
Uma década consagrada a ações para “melhorar a vida de pessoas de mais idade, das suas famílias e das comunidades em que vivem” e por consequência, assegurar uma maior esperança de vida com qualidade.
Um dos objetivos é reunir:
para o Desenvolvimento Sustentável, onde os países e as empresas garantem não deixar ninguém para trás, numa atitude inclusiva e agregadora.
Esta iniciativa da Organização Mundial da Saúde, pretende:
O início desta Década do Envelhecimento Saudável começa numa fase de enorme incerteza devido a pandemia, o que coloca uma grande pressão no que poderão ser os resultados de um plano que agrega 17 objetivos que incluem a:
Será sem dúvida uma enorme pressão nestas metas onde claramente teremos a necessidade de lidar, agora mais do que nunca, com alguns destes desafios.
Que possa haver energia e vontade para que a reconstrução se faça numa lógica diferente, e que este retrocesso na esperança de vida, seja apenas conjuntural. E sobretudo, que fique claro, que mais do que só adicionar anos de vida, que essa vida possa ser mais sustentável e bem vivida globalmente, construindo os alicerces para uma melhor sociedade com uma longevidade, de forma mais inclusiva e transversal em todo o mundo.