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Envelhece quem vive agarrado ao que os outros querem.
Envelhece quem não se liberta.
Envelhece quem é prisioneiro dos outros.
Quem dá as bananas aos macacos do nosso sótão, somos nós próprios.
Ser novo é todos os dias avaliar o combustível do nosso calhambeque que dá vida às nossas emoções, frustrações, vitórias e acima de tudo soluções.
Ser novo é acordar sem peso e adormecer em paz, com aquilo que se diz e com aquilo que se faz!
Ser novo é dar espaço ao que vem e aproveitar o que a vida tem. Viver sem amarras, sem pressa, sem olhar para o lado, porque o caminho é em frente, e se fizermos marcha atrás, só se for para ganhar balanço.
Julgar envelhece. Culpar envelhece. Duvidar envelhece. E a vaidade é a pior de todas, prima direita do ego. Essa não só envelhece, como adormece. Adormece a nossa essência e cria milhares de caras e corpos iguais, que não estão vivos porque perderam a sua identidade. E passeamos na rua cheia de narizes e rosetas, e olhares parecidos na perfeição, mas sem a forca de uma expressão.
Tudo o que nos descentra do nosso propósito de amor e amar a vida, faz- nos ficar velhos.
Fica velho quem não chora, quem não dança, quem não pinta, quem não escreve, quem não brinca e quem não trinca.
Na OFF!CINA somos a favor de nutrição e cuidado. Mas aos 46 anos, tenho saudades do tempo da minha avó em que se comia pão com manteiga sem culpa, e ninguém nos chateava. Melhor que cuidar é mimar, e sim, um chocolate não nos aumenta o peso, tira-nos o peso... porque nos faz ficar mais alegres e porque nos alimenta o cérebro. Um bom prato de arroz dá- nos hidratos e por isso hidrata-nos.
Na OFF!CINA acreditamos na magia do 40, que fica entre o 8 e 80. Não é o que se faz. É como se faz. E sim, a culpa engorda, a necessidade de ter a galinha da vizinha e a constante pré-ocupação com o disfarçar a idade, é a principal causa de rugas.
Quem perde expressão, perde intenção. Se ficarmos todos com a mesma cara, como é que nos podemos reconhecer? Se formos todos iguais, onde é que encaixam as diferenças. É impossível fazer um puzzle com as peças todas iguais. Para encaixarmos, temos de nos diferenciar.
E não há beleza mais bonita e especial do que aquela que mesmo que seja mexida, não se perde de si própria.
A magia de viver vem de uma varinha mágica que não é de todo parecida com a que está numa gaveta da nossa cozinha. É como a de uma fadinha que nos devolve a alegria de viver, sem pensar em envelhecer.
Autora: Vera Machaz