A Última Solidão – Um retrato do que é ser velho em Portugal | Sociedade

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A Última Solidão – Um retrato do que é ser velho em Portugal

17/11/2022 | Sofia Alçada

Capa do livro - A Última Solidão, de Carmen Garcia Fonte: Avenida da Liberdade Editores Capa do livro - A Última Solidão, de Carmen Garcia Fonte: Avenida da Liberdade Editores

O Livro "A Última Solidão"

O livro da Carmen Garcia chegou às livrarias na última semana de outubro. É um livro sobre “histórias de amor e mágoa dos velhos em Portugal”, a que se deu o nome  “A Última Solidão”. O prefácio foi escrito por Maria Filomena Mónica onde nos deixa uma séria mensagem sobre os constrangimentos da velhice no nosso país.

Neste livro, todas as histórias são reais, de pessoas que a enfermeira Carmen Garcia foi conhecendo ao logo dos anos de trabalho e que já faleceram.

Quem é a Carmen Garcia?

Às vezes, de manhã, quando o despertador toca, ainda pensa se vai ter matemática ou educação física no primeiro tempo. Mas depois ouve chamar “mamã” e lá se lembra que, se calhar, já não é assim tão jovem.

A autora do livro, A última solidão é enfermeira com 35 anos e mãe de dois rapazes, o Pedro e o João. O Pedro, de 5 anos, é surdo profundo com implante coclear.

Carmen trabalhou durante 11 anos num hospital do SNS, na área dos cuidados intensivos, tendo em 2021 deixado a carreira hospitalar, passando a dedicar-se apenas à enfermagem na área que mais a apaixona: a geriatria.

Para além disso, tem uma página nas redes social designada “a mãe imperfeita”, com mais de 180 mil seguidores no Facebook e 96 mil no Instagram. No Twitter, a enfermeira imperfeita tem cerca de 22 mil seguidores. É ainda colunista do Jornal Público, sendo autora da coluna “tanto faz não é resposta” que nos acompanha todos os Domingos no caderno P2.

Lançou dois livros infantis que foram bestsellers em Portugal: “uma lição de amor” e “uma lição vinda do mar” onde aborda temas como a inclusão e a poluição dos oceanos.

É comentadora residente do programa “Dia de Reflexão” do Canal Q em formato de podcast.

Créditos : Bruno Cardoso

Sinopse do livro

O mundo está cheio de velhos. Dos que já o são e dos que o seremos um dia. E nós aqui andamos fazendo de conta que ali, do outro lado do muro, a velhice não nos espreita enquanto se esforça por driblar a morte. Mas sabem o que é que nos rebenta de verdade? A certeza de que a mesma velhice que repudiamos é a nossa maior esperança. A certeza de que a pele de agora, mais ou menos lisa, gritará vitória se chegar a ser marcada pelas rugas que não são mais do que linhas do tempo. Do que já vivemos e do que nos resta.

Convite à leitura:

Aqui fica o convite para lerem este livro. Eu já o fiz. E digo-vos que é mesmo uma forte chamada de atenção para a realidade da velhice atual em Portugal, com histórias de vida que dificilmente deixarão o leitor indiferente. Talvez nos ajudem a perceber a importância de pensarmos melhor o que queremos ser quando formos velhos e como queremos viver essa velhice.

Amargos e sós a viver no passado? Ou cheios de amor, a viver no presente e se possível, rodeados de uma vida ainda ativa e plena?

No que me toca a mim, vou fazer os possíveis por ficar na segunda opção. Com a consciência, porém, que não chega querer. É preciso trabalhar nas várias áreas da nossa vida: Social, mental, física e espiritual.

Nunca é tarde para começar. Pode é exigir um esforço maior…  

Pela minha parte, agradeço a Carmen Garcia pelo excelente alerta!

 

Fonte: PR Avenida da Liberdade Editores