A exemplo disso é a manutenção da idade de reforma que pouco tem evoluído durante mais de um século, enquanto a expetativa de vida (no nascimento ou em qualquer outra idade, incluindo aos 65 anos de idade) duplicou durante o mesmo período. O que coloca um grande desafio dado que os organismos e os planos relacionados com as pensões não estão preparados para esta evolução. Em particular, a política pro natalidade, concebidas e implementadas para ajudar a suportar os planos de pensões em todo o mundo não estão adaptadas as atuais tendências da longevidade.
Assim, há que perceber o que é a longevidade e como esta evolui, para que surjam soluções efetivas e eficientes. Estas soluções têm um denominador comum: quebrar o teto de vidro dos 65 anos de idade.
Na opinião de José Antonio Herce, as futuras políticas na área das pensões devem ter em consideração uma série de pontos cruciais:
- A expetativa de vida à nascença tem vindo a aumentar praticamente de forma linear a um ritmo de 2,5 meses por ano ao longo dos últimos 160 anos e não há qualquer razão para esperar um declínio a longo prazo.
- No caso de Espanha, esta evolução significa que atualmente, a idade equivalente aos 65 anos em 1900 quando se observa a mesma percentagem de uma geração que esse ano superou a idade de 65, é de 91 anos, 26 anos mais.
- No entanto, se analisarmos hoje em dia a idade em que a esperança de vida é igual à de 65 anos em 1900 (9,1 anos unissexo), descobriremos que é de 81 anos, 16 anos mais.
- Os planos de pensões atuais, sejam públicos ou privados não podem suportar em termos de sustentabilidade nem de adequação (dos benefícios). E menos ainda se o ritmo da longevidade se acelera.
- Neste contexto, a política atual, baseada principalmente em pequenos ajustes de idade para a reforma de níveis de benefícios e na promoção da poupança de longo prazo, é claramente insuficiente. No que diz respeito aos incentivos a favor da natalidade, a política é igualmente errada.
- Só faz falta bom senso, um lápis e alguns cálculos para perceber que (e usando dados espanhóis e para Espanha) os 2,5 meses de vida extra de que beneficia cada coorte em relação à anterior (aos 65 anos, por exemplo), totalizando aproximadamente 100.000 bebés cada ano.
- O próximo passo é perceber que em vez de subornar as pessoas para que tenham esses bebés extras (deixando-os escolher, o que desejam fazer relativamente a este assunto) é realmente mais eficaz livrar-se da barreira tirânica dos 65 anos.
- Vamos tornar possível que este "greyny boom" ou boom dos grisalhos se materialize na economia.
https://www.jubilaciondefuturo.es/es/blog/la-longevidad-y-el-greyny-boom.html