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Segundo o relatório da OMS, divulgado no início do mês de setembro, o número de pessoas com demência está a crescer em todo o mundo. Estima-se que atualmente 55 milhões de pessoas, com mais de 65 anos, sofram desta síndrome, um número que pode atingir os 78 milhões em 2030 e os 139 milhões de pessoas em 2050.
Com mais de 14 milhões, a Europa é a segunda região do mundo com maior número de pessoas com demência.
«O crescimento populacional e a maior longevidade, combinados com o aumento de certos fatores de risco de demência, levaram a um crescimento dramático no número de mortes causadas por demência nos últimos 20 anos. Em 2019, 1,6 milhão de mortes ocorreram em todo o mundo devido à demência, tornando-se a sétima causa de morte», refere o relatório da OMS.
A par desta progressão da doença, há uma incapacidade dos países em dar resposta ao apoio que as pessoas e os seus cuidadores necessitam. «Apenas um quarto dos países de todo o mundo tem uma política, uma estratégia ou um plano nacional para apoiar as pessoas com demência e as suas famílias», salienta.
«Em países de rendimento médio e baixo, a maioria dos custos do tratamento da demência são atribuíveis aos cuidados informais (65%). Em países mais ricos, os custos informais e de assistência social chegam a aproximadamente 40% cada um», refere o relatório.
Em 2019, os cuidadores, na sua maioria membros da família, gastavam em média cinco horas por dia no apoio às pessoas de quem cuidavam com demência, sendo cerca de 70% desse acompanhamento realizado por mulheres.
O aumento do número de pessoas com demência no mundo levou a que esta fosse considerada «uma pandemia silenciosa». Foi assim que, em 2017, Shekhar Saxena, na altura Diretor do Departamento de Saúde Mental da OMS, descreveu a demência, durante o Alzheimer’s Global Summit Lisbon.
O que é a demência?
Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais.
A quem afeta a demência?
Apesar da maioria das pessoas com demência ser idosa, é importante salientar que nem todas as pessoas idosas desenvolvem demência e que esta não faz parte do processo de envelhecimento natural.
Em algumas situações a demência pode ocorrer em pessoas com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos, mas é mais frequente a partir dos 65 anos.
Qual a forma mais comum de demência?
Constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência.
A Demência Vascular é, possivelmente, a segunda forma mais comum. Este tipo de demência está associado aos problemas da circulação do sangue para o cérebro.
Em terceiro lugar a Doença de Parkinson. Trata-se de uma perturbação progressiva do sistema nervoso central, caracterizada por tremores, rigidez nos membros e articulações, problemas na fala e dificuldade na iniciação dos movimentos.
Fonte:
Demência vai mais que duplicar em 30 anos e já é sétima causa de morte no mundo, por Renascença
Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer