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Assim, no artigo é citado o caso de Mary Anne Hardy, uma enfermeira que se recusava a reformar quando o seu posto de trabalho foi extinto.
Assim após assistir a uma conferência onde ouviu falar dos grupos de defesa dos direitos dos pacientes, especialmente os mais velhos, que ajudavam a compreender o cada vez mais complexo sistema de saúde americano teve a ideia. "Pensei no que meus pais tinham vivido e isso motivou-me a avançar". A mãe teve um AVC tendo em seguida sido submetida a uma cirurgia no intestino, o que deu origem a uma série de infeções e outros problemas evitáveis. Foi transferida de uma instituição para a outra, com pouca comunicação entre a paciente, a família e os profissionais médicos.
"As pessoas sentem-se perdidas no sistema médico" - contou Hardy, de 65 anos, que começou a atender clientes em 2013. Com ela ao lado, os pacientes sentem que "são ouvidos e levados a sério".
Assim como no exemplo que vimos acima, muitos empreendedores mais velhos, estão à procura de oportunidades de negócios com os próprios colegas, usando uma vida cheia de experiencia acumulada para iniciar uma nova carreira, muitas vezes lançando negócios para o crescente mercado de consumidores como eles.
No caso que vimos acima, a empreendedora está num ponto de interseção entre duas tendências:
- o número cada vez maior de empreendedores mais velhos,
- o crescimento do "mercado da longevidade".
Em 2019, cerca de 25 por cento dos novos empreendedores tinham entre 55 e 64 anos, um aumento de 15 por cento em relação a 20 anos antes, de acordo com a Fundação Ewing Marion Kauffman, ONG que promove o empreendedorismo nos EUA.
E, em 2015, pessoas com mais de 50 anos gastaram US$ 5,6 “trilhões” em bens e serviços, superando os gastos de consumidores com menos de 50 anos, de acordo com um estudo preparado para a AARP (associação sediada nos EUA que se concentra em questões que afetam pessoas com mais de cinquenta anos) pela Oxford Economics, empresa de previsões econômicas.
Para os aspirantes a empreendedores que querem conquistar uma parcela do mercado relacionado com a longevidade, "é preciso pensar em como usar as habilidades e paixões e adaptá-las a uma nova área", disse Mary Furlong, consultora de marketing de longevidade.
E então, estamos nós preparados em Portugal para olhar para este novo mercado que emerge como o maior e talvez o que mais cresce nos próximos anos, dando origem a chamada economia da longevidade?