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E da leitura do que consta na orelha do livro publicado por minha amiga Fran Winandy creio que já pode imaginar o impacto que sua obra literária me causou. Além do conhecimento agregado, o livro desafiou-me a avançar no processo de desconstrução da etarista em mim existente.
Lançado em dezembro passado, o livro Etarismo. Um novo nome para um velho preconceito foi-me gentilmente oferecido por Mórris Litvak, CEO da startup Maturi, e por Fran Winandy, especialista ativa nesta organização.
Foi um presente inesperado, e muito valioso, que recebi como colaboradora que sou da Maturi, uma startup especializada no desenvolvimento de pessoas 50+ e empresas interessadas em promover a verdadeira diversidade etária e combate ao etarismo.
Além de nos apresentar o assunto, em seu livro Fran Winandy conta nos as suas experiências de forma envolvente e desafiadora, uma vez que nos provoca a vontade de combater esse sórdido preconceito existente na nossa sociedade. Um preconceito enraizado até em nós.
Fran Winandy, psicóloga com MBA em Recursos Humanos, Mestre em Administração de Empresas e consultora na área de Diversidade Etária. Pesquisadora, Professora e Palestrante, conduz programas de Integração Geracional e Transição de Carreira.
A especialista afirma que este preconceito pode manifestar-se de diversas formas e, quase sempre, de maneira sutil.
A idade e o nosso medo de envelhecer; Raízes do Etarismo; O etarismo ao longo da vida das mulheres; A interseccionalidade: o etarismo e os demais pilares da diversidade; O etarismo no mundo do trabalho; O Etarismo na publicidade e propaganda; O Etarismo no cinema, streaming, novelas e redes sociais são alguns dos temas abordados por Fran em seu icônico livro.
Já é de nosso conhecimento variadas práticas preconceituosas contra as pessoas mais velhas, e mais jovens também. Entretanto quando lemos os depoimentos fornecidos à Fran Winandy ficamos chocados ao constatar tais absurdos em nossa sociedade. Leia alguns trechos:
Já passou por algo semelhante?
Da entrevista concedida à Maturi podemos conhecer um pouco mais desta brilhante escritora e de seu livro:
Maturi: Fran, de onde surgiu a ideia de escrever esse livro?
Fran Winandy: Trabalho na área de Recursos Humanos há mais de 30 anos e a questão do preconceito etário me acompanha e me incomoda faz tempo!
Nas empresas, existem barreiras etárias em inúmeras práticas e processos organizacionais. Além disso, esse preconceito permeia nosso tecido social: está presente na área da Saúde, na Publicidade e Propaganda e em várias outras áreas. É um preconceito antigo que está em todo lugar, mas não prestamos muita atenção a ele, até que ele nos atinja.
Até pouco tempo atrás, ele não tinha um nome conhecido, e sabemos que a primeira coisa para combater um preconceito é saber nomeá-lo. (Des) prazer em conhecer: Etarismo!
Fran: No mercado de trabalho, na área da saúde, na publicidade e propaganda, no cinema, streaming e redes sociais, na moda e nos esportes. Falo também da famosa economia prateada, trago alguns depoimentos de pessoas que foram vítimas do preconceito em diferentes momentos da vida e falo sobre o ecossistema da longevidade.
Fran: Sim, existem dois grandes medos: a aparência da velhice e a proximidade da morte, de ir rumo ao desconhecido. Falo das duas coisas no livro. O envelhecimento é um tema tabu em nossa sociedade: as pessoas evitam o assunto, como se falar sobre a velhice trouxesse consigo o envelhecimento em si. Em uma sociedade na qual o jovem é supervalorizado, há pouco lugar para o velho. E menos lugar para a velha. Refletir sobre a velhice é pensar sobre a passagem do tempo, seus rastros, suas marcas. Avaliar nossas conquistas, nossa história, nosso legado e nossa morte. A morte deveria ser parte da expectativa da vida, mas o confronto com a nossa própria mortalidade é algo sobre o que evitamos pensar e falar.
Fran: Sim! As mulheres sofrem de etarismo ao longo da vida. Elas têm idade para casar-se, idade para serem mães, e assim por diante! Além da cobrança social, isso também atrapalha a empregabilidade delas. Além disso, elas vivem tentando camuflar a aparência, seja para parecerem mais velhas no ambiente de trabalho (para passar maior credibilidade), seja para parecerem mais jovens (para driblar os estereótipos negativos relacionados ao envelhecimento). Se a mulher tinge os cabelos, é criticada por isso. Se não tinge, também o é. Se ela faz procedimentos estéticos, é porque não aceita o envelhecimento como algo natural. Se não faz, certamente é uma pessoa desleixada. É bem difícil ser mulher em nossa sociedade!
Fran Winandy é também autora do Blogue Etarismo nas Organizações que merece ser estudado e acompanhado. Deixo aqui algumas perguntas cujas respostas estão em seu blogue:
1. O etarismo acontece só com idosos?
2. Por que o etarismo acontece?
3. O etarismo tem o mesmo impacto para homens e mulheres?
Participar de suas palestras e workshops, e até mesmo conversar com Fran Winandy são sempre oportunidades de muito aprender, refletir e querer promover transformações que busco adotar em minhas falas e comportamentos. Sou muito grata à minha amiga e conterrânea Fran Winandy.
Quero erradicar o etarismo existente em mim, e transmitir às amigas e amigos informações e estímulos que possam nos ajudar neste processo de aperfeiçoamento.
O livro Etarismo. Um novo nome para um velho preconceito e o trabalho que Fran Winandy oferece a empresas e pessoas físicas são ferramentas efetivas na transformação da realidade de forma positiva e duradoura. Recomendo-os veementemente.
Etarismo. Um novo nome para um velho preconceito está disponível nas versões física e digital na Amazon, Kobo, nas plataformas digitais Apple e Google e no site da Editora Gulliver.
Silvia Triboni
Editora e produtora de conteúdo sobre longevidade, envelhecimento ativo e economia da longevidade no site Across Seven Seas, canal Youtube e Across Podcast.