Humanos alcançarão a imortalidade em oito anos. Será? | Inovação

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Humanos alcançarão a imortalidade em oito anos. Será?

17/04/2023 | Sofia Alçada

Será possível alcançar a imortalidade? Foto: Stock Adobe Será possível alcançar a imortalidade? Foto: Stock Adobe

Segundo um artigo publicado no the Daily Mail, Ray Kurzweil, ex-colaborador e engenheiro da Google, conhecido pelas suas previsões sobre o futuro, afirmou que os seres humanos vão alcançar a imortalidade em oito anos.

Numa entrevista para o canal do YouTube Adagio, o especialista refere que a expansão da genética, nanotecnologia e robótica poderão ajudar as pessoas a enfrentar doenças que surgem com a idade. Segundo Kurzweil, os nano robôs serão capazes de reparar células e tecidos danificados que se deterioram à medida que o corpo envelhece. Isso permitiria que os seres humanos se tornassem imunes a doenças como o cancro, por exemplo.

Como tudo o que é novo, as suas previsões foram recebidas com entusiasmo e ceticismo ao mesmo tempo, já que curar as doenças mortais até 2030 parece uma missão quase impossível…

O que nos reserva o futuro?

Agora, o ex-engenheiro do Google acredita que a tecnologia está prestes a tornar-se tão poderosa que ajudará os seres humanos a viver para sempre.

Ao contrário de alguns mais cepticos, Ray acredita que a implantação de computadores nos cérebros vai melhorar a experiência e as habilidades humanas.

"Vamos ser mais engraçados. Vamos ser melhores na música. Nós vamos ser mais sexy",

Em vez de uma visão do futuro em que as máquinas dominarão a humanidade, Kurzweil acredita que haverá lugar a criação de uma síntese homem-máquina que nos tornará melhores.

“Seremos capazes de atender às necessidades físicas de todos os humanos. E dessa forma, vamos expandir as nossas mentes", afirma.

Quem é Raymond Kurzweil?

Raymond Kurzweil nasceu em Nova Iorque, nos EUA a 12 de fevereiro de 1948. É considerado um inventor e um futurista.

Pioneiro nos campos de:

Kurzweil começou a trabalhar na Google em 2012 em projetos que desenvolviam o machine learning. Mas antes da sua entrada para a Google, Ray já fazia previsões sobre o impacto dos avanços tecnológicos. E o mais inacreditável é que cerca de 86% das suas 147 previsões, estavam corretas.

  • Em 1990, Ray previu que o melhor jogador de xadrez do mundo perderia ao jogar contra um computador em 2000. E essa previsão só falhou porque o facto aconteceu 3 anos antes, em 1997, quando o Deep Blue derrotou Gary Kasparov.
  • Em 1999 referiu que até 2023 um laptop de US$ 1.000 teria o poder de computação e a capacidade de armazenamento de um cérebro humano.

Tem uma série de livros sobre saúdeinteligência artificialtransumanismosingularidade tecnológica e futurologia. Refrimos aqui alguns:

- Em 1990, lançou The Age of Intelligent Machines, uma obra não fictícia que discute a história da inteligência artificial e prevê os seus desenvolvimentos possíveis.

- Em 1993, publica um livro sobre nutrição The 10% Solution for a Healthy Life, onde argumenta que os altos níveis de gordura são a causa de diversos problemas de saúde comuns, e que parte da solução poderia passar por cortar o total de calorias consumidas para 10% do atual. Só essa alteração contribuiria para a melhoria da saúde das pessoas.

- Em 1998, foi a vez de voltar as máquinas e ao papel que estas assumem na nossa vida, lançando o livro The Age of Spiritual Machines, cujo conteúdo abrange as suas teorias sobre o futuro da tecnologia.

- Em 2005, surge o The Singularity Is Near. Neste livro, o futurista e inventor Ray Kurzweil argumenta que estamos a nos aproximar de um ponto no tempo conhecido como singularidade. Refere-se ao momento em que a inteligência artificial e outras tecnologias se tornarão tão avançadas que superarão a inteligência humana e mudarão o curso da evolução humana para sempre.

Kurzweil prevê que, até 2030, alcançaremos um marco crucial no nosso progresso tecnológico: a imortalidade.

O que percebemos é que o futuro é claramente incerto. É impossível prever com certeza como será o mundo em 2030. Ou mesmo para além deste ano ou década. No entanto, uma coisa é clara: a singularidade representa uma profunda mudança na história humana, com implicações de longo alcance para as gerações vindouras.

Estaremos preparados para estes desafios?