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Longevidade é viver mais e melhor

16/03/2021 | Sofia Alçada

Longevidade - viver mais e melhor. Foto: Gustavo Fring em Pexels Longevidade - viver mais e melhor. Foto: Gustavo Fring em Pexels

Com o Covid-19, foram postas a claro muitas das questões e desafios que enfrentamos à medida que envelhecemos.

  • Doenças cronicas
  • Solidão ou isolamento social
  • Dificuldades financeiras

São algumas delas. E este é o paradoxo da longevidade.

Queremos viver mais e não só. Queremos viver melhor. Envelhecer com qualidade.

E então, o que é necessário para que isso aconteça?

Longevidade com qualidade:

No livro “4 Dimensões de uma vida em equilíbrio”  de Jurandir Sell Macedo Jr, são apresentados os quatro capitais de uma vida de qualidade: 

  • o capital físico,
  • o capital social,
  • o capital intelectual e
  • o capital financeiro.

Longevidade e o Capital físico: Prevenção

Comecemos então pelo capital fisico. Um dos grandes desafios de uma longevidade saudável são as doenças crônicas:

  • cardiovasculares,
  • hipertensão,
  • cancro,
  • doenças respiratórias e
  • diabetes.

A eliminação dessas doenças aumenta a esperança de vida livre de incapacidades e limitações garantindo a melhor longevidade.

Como eliminar os problemas de saúde que decorrem do envelhecimento?

Prevenção é a palavra-chave. Estas doenças podem ser adiadas ou controladas com um estilo de vida saudável evitando o:

  • Excesso de peso,
  • Consumo de tabaco
  • Sedentarismo,
  • Stress crônico,
  • Consumo excessivo de álcool,
  • Alimentação desequilibrada e
  • Privação do sono.

Parece fácil, mas o que estamos realmente a fazer na prática?

O conceito de envelhecimento saudável não significa apenas ausência de doenças. Mas sim independência e autonomia, como refere a Organização ao Mundial da Saúde.

 

A longevidade e o capital Social: Relacionamentos

A independência e autonomia estão diretamente ligadas por exemplo ao capital social ou seja a capacidade de manter um relacionamento próximo com a família e com os amigos, cultivando os novos relacionamentos.

Desta forma evitamos uma das questões do envelhecimento que tem a ver com o isolamento social e a solidão que vamos sentindo no decorrer dos anos.

A longevidade e o capital Intelectual: Adaptação

Este capital é o que define a capacidade de nos relacionarmos com as mudanças do mundo a nossa volta, com a garantia de uma adaptação a nova realidade.

Muito tem a ver com a adoção da tecnologia. E hoje encontramos muitas pessoas com mais de 60, 70 ou 80 anos a interagirem e a integrarem a tecnologia no seu dia-a-dia seja a nível pessoal seja a nível profissional.

O capital intelectual garante que as pessoas continuam ativas e participativas mesmo depois da reforma, mantendo ou desenvolvendo novos trabalhos ou ocupações como por exemplo, dedicando-se a causas sociais.

Para além da adaptação à tecnologia é também preciso estar aberto as mudanças de comportamento que se registam na sociedade, aceitando e integrando-as como normais para um saudável convívio social.

A abertura de aceitar novos comportamentos e novas ideias fazem com que seja possível manter e desenvolver novos relacionamentos, evitando os preconceitos e as barreiras geracionais.

A longevidade e o capital financeiro: Autonomia e Independencia

O capital financeiro impacta mais uma vez na nossa capacidade de sermos independentes sendo capazes de nos sustentarmos e de tomar decisões sem interferências de terceiros.

Materializa-se assim na capacidade da pessoa viver bem com o que tem e com o que precisa, estabelecendo o seu próprio padrão de vida,

 

O segredo de uma boa longevidade, vivendo mais e melhor está então no equilíbrio entre estas 4 dimensões, ou como referido, dos 4 capitais.

Quais os fatores que influenciam estes capitais contribuindo para a nossa longevidade?

E, para alcançar uma boa longevidade garantindo o equilíbrio dos 4 capitais temos algumas influências a considerar.

O que é herdado:

  • dos nossos pais,
  • da genética,
  • da educação,
  • da familia
  • de heranças patrimoniais.

O que vem da sorte ou do acaso:

  • Ausência de doenças ou acidentes
  • Gestão financeira  
  • Perda das pessoas com que nos relacionamos

As decisões que tomamos ao longo da vida:

  • Como nos comportamos perante as nossas heranças e o acaso ou sorte.
  • Como encaramos os desafios e oportunidades que a vida nos apresenta,  

Influência o que somos e que seremos na velhice. E esta é a única influência que está sob nosso controle.

E então, o que estamos a fazer por e com ela?

 

Fonte: Adaptado do Artigo de Jurandir Sell Macedo Jr  - doutor em finanças comportamentais, professor universitário. Pós-doutorado em psicologia cognitiva pela Université Libre de Bruxelles.