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Com o Covid-19, foram postas a claro muitas das questões e desafios que enfrentamos à medida que envelhecemos.
São algumas delas. E este é o paradoxo da longevidade.
Queremos viver mais e não só. Queremos viver melhor. Envelhecer com qualidade.
E então, o que é necessário para que isso aconteça?
No livro “4 Dimensões de uma vida em equilíbrio” de Jurandir Sell Macedo Jr, são apresentados os quatro capitais de uma vida de qualidade:
Comecemos então pelo capital fisico. Um dos grandes desafios de uma longevidade saudável são as doenças crônicas:
A eliminação dessas doenças aumenta a esperança de vida livre de incapacidades e limitações garantindo a melhor longevidade.
Prevenção é a palavra-chave. Estas doenças podem ser adiadas ou controladas com um estilo de vida saudável evitando o:
Parece fácil, mas o que estamos realmente a fazer na prática?
O conceito de envelhecimento saudável não significa apenas ausência de doenças. Mas sim independência e autonomia, como refere a Organização ao Mundial da Saúde.
A independência e autonomia estão diretamente ligadas por exemplo ao capital social ou seja a capacidade de manter um relacionamento próximo com a família e com os amigos, cultivando os novos relacionamentos.
Desta forma evitamos uma das questões do envelhecimento que tem a ver com o isolamento social e a solidão que vamos sentindo no decorrer dos anos.
Este capital é o que define a capacidade de nos relacionarmos com as mudanças do mundo a nossa volta, com a garantia de uma adaptação a nova realidade.
Muito tem a ver com a adoção da tecnologia. E hoje encontramos muitas pessoas com mais de 60, 70 ou 80 anos a interagirem e a integrarem a tecnologia no seu dia-a-dia seja a nível pessoal seja a nível profissional.
O capital intelectual garante que as pessoas continuam ativas e participativas mesmo depois da reforma, mantendo ou desenvolvendo novos trabalhos ou ocupações como por exemplo, dedicando-se a causas sociais.
Para além da adaptação à tecnologia é também preciso estar aberto as mudanças de comportamento que se registam na sociedade, aceitando e integrando-as como normais para um saudável convívio social.
A abertura de aceitar novos comportamentos e novas ideias fazem com que seja possível manter e desenvolver novos relacionamentos, evitando os preconceitos e as barreiras geracionais.
O capital financeiro impacta mais uma vez na nossa capacidade de sermos independentes sendo capazes de nos sustentarmos e de tomar decisões sem interferências de terceiros.
Materializa-se assim na capacidade da pessoa viver bem com o que tem e com o que precisa, estabelecendo o seu próprio padrão de vida,
O segredo de uma boa longevidade, vivendo mais e melhor está então no equilíbrio entre estas 4 dimensões, ou como referido, dos 4 capitais.
E, para alcançar uma boa longevidade garantindo o equilíbrio dos 4 capitais temos algumas influências a considerar.
O que é herdado:
O que vem da sorte ou do acaso:
As decisões que tomamos ao longo da vida:
Influência o que somos e que seremos na velhice. E esta é a única influência que está sob nosso controle.
E então, o que estamos a fazer por e com ela?
Fonte: Adaptado do Artigo de Jurandir Sell Macedo Jr - doutor em finanças comportamentais, professor universitário. Pós-doutorado em psicologia cognitiva pela Université Libre de Bruxelles.