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Aos 63 anos, Isabella Rossellini recupera o contrato com a marca de cosmética Lancôme enquanto a L’Oréal aposta na dupla Helen Mirren, de 72 anos, e Jane Fonda, de 80. Daphne Selfe, aos 89, é a cara das novas máscaras da Eyeko e Stephanie Seymour, de 46, é contratada pela Esteé Lauder que tem optado por modelos mais velhas como protagonistas dos seus produtos. Perceba como e por que é que o envelhecimento ativo vai fazer eco neste artigo!
É do conhecimento geral que aos 42 anos, Isabella Rossellini, ex-modelo e atriz, deixou de ser um dos rostos da marca de cosmética Lancôme porque já não representava o sonho de juventude. Entretanto, mais de 20 anos depois, aos 63, Isabella Rossellini volta a ser contactada pela Lancôme para espelhar os sonhos das mulheres em novas campanhas da marca. Com mais idade, mais maturidade, mais experiência, mas também mais rugas, mais cabelos brancos e menos elasticidade no rosto, Isabella Rossellini… aceitou o convite! Porquê? Porque em 20 anos muitas coisas mudam na vida de uma mulher (até já era avó), mas também na vida de uma empresa. A Lancôme de outrora estava, essa sim, ultrapassada. Hoje a marca acredita que as mulheres não querem apenas parecer novas, querem gozar de um envelhecimento ativo e ser incluídas e essa mensagem de inclusão passava pela contratação de Isabella Rossellini.
Indústria da cosmética e da moda a mudar de direção
Outras marcas estão a incluir mulheres mais velhas nas suas campanhas. Veja-se a L’Oréal, por exemplo, com a dupla Helen Mirren, de 72 anos, e Jane Fonda, de 80 em diversos anúncios. E a Esteé Lauder que contratou a supermodelo Stephanie Seymour aos 46 anos? E que tal um último exemplo ao género de “cereja no topo do bolo”? Daphne Selfe, de 89 anos, é a modelo mais velha do mundo a exercer a profissão. Recentemente foi a cara das novas máscaras da Eyeko, uma marca londrina de maquilhagem de olhos. Além de promover o produto, a modelo octogenária promove o envelhecimento ativo lançando um desafio: “qual a história das suas pestanas?” As dela falam de um início de carreira nos anos 50 e numa redescoberta num artigo da Vogue aos 70 anos de idade. Daphne Selfe refere ainda o uso de maquilhagem em pessoas mais velhas como uma forma de readquirir confiança e instiga as mulheres a nunca deixarem de se cuidar.
Efetivamente, cada vez mais marcas ligadas à cosmética, mas também à moda e bem-estar, estão a optar por incluir modelos mais velhas como protagonistas dos seus produtos e serviços. Estas mulheres inspiram uma multidão de outras mulheres a sentirem-se bem com a sua idade. E, mais do que representar a beleza da juventude, representam energia e poder, exemplificando um envelhecimento ativo, atraindo as pessoas da sua idade como um íman, sim, mas também milhões de jovens de todo o mundo!
Apostar na beleza nas suas diferentes vertentes e perspetivas parece ser a estratégia atual das marcas da indústria da cosmética e moda.
Uma estratégia que mostra que… a beleza não tem idade!