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Os portugueses compram menos para reduzir impacto ambiental

27/06/2022 | Sofia Alçada

Praticas de sustentabilidade dos portugueses Fonte: Pexels Praticas de sustentabilidade dos portugueses Fonte: Pexels

No inquérito efetuado, 68% dos portugueses inquiridos respondem que não comprariam bens a uma empresa que soubessem ser responsável por prejudicar o meio ambiente, valor superior à média europeia que se situa nos 52%.

O programa das Nações Unidas para o Ambiente está a incentivar os governos, organizações e indivíduos a fazerem mudanças para ajudar a proteger o planeta.

Durante um ano de eventos climáticos extremos, incluindo inundações devastadoras na Alemanha e incêndios florestais na Grécia, o estudo da Intrum demostra que, cada vez mais, os consumidores penalizam empresas sem preocupações ambientais.

Penalização por atrasos de pagamento

De acordo com o referido estudo,

  • 3 em cada 10 inquiridos (29%) afirmam que não se sentiriam culpados de pagar a uma empresa mais tarde do que o acordado, se considerassem que a empresa não era ética. Em Portugal, a percentagem é mais elevada, registando 32%.

As empresas terão assim, de prestar mais atenção às questões éticas e ambientais, caso queiram manter a lealdade dos clientes e proteger o seu fluxo de caixa.

Combate ao desperdício

O Estudo revela ainda que:

  • 68% dos consumidores portugueses criticam o desperdício e afirmam que estão ativamente a comprar menos para reduzir o impacto ambiental. Valor este superior à média europeia (57%).
  • 69% afirmam comer mais sobras do que era habitual, em vez de comprar novos alimentos, para reduzir o impacto sobre o ambiente.

A importância de proteger o ambiente ganhou uma maior dimensão com o impacto da pandemia COVID-19, revelando que 76% dos inquiridos, cada vez mais, recuperam e reciclam artigos velhos, em vez de comprar artigos novos.

Ético é igual a caro

Esta é uma boa notícia para o planeta, no entanto, o custo está a atrasar os consumidores

  • 58% revelam não viver de forma tão sustentável como gostariam, uma vez que os produtos amigos do ambiente possuem um custo muito elevado.

 

Segundo Luís Salvaterra, Diretor-geral da Intrum Portugal

O ECPR, estudo da Intrum, revela que os consumidores, especialmente a geração mais jovem que está a começar a exercer o seu poder de consumo, define os seus padrões de consumo como forma de fazer pressão em torno das questões climáticas.

Ao centrarem-se na sustentabilidade, empresas de todas as dimensões podem equilibrar os seus riscos, manter um fluxo de caixa saudável e estarem mais bem preparadas para prosperar e crescer.”

 

Fonte: Intrum