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Pensar o envelhecimento ativo em Portugal

15/06/2021 | Sofia Alçada

Cuidar do envelhecimento para que seja ativo e positivo Foto: Unsplash Cuidar do envelhecimento para que seja ativo e positivo Foto: Unsplash

Nos dados da ONU de 2019, Portugal regista o valor de 39%, o 4º maior no ratio de dependência associada à população envelhecida. Este numero, segundo as projeções poderá em 2050 passar para 71%.

Pela pertinência da criação deste centro face ao grande desafio que representa atualmente as questões da longevidade, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, refere:

«Tenho de expressar uma palavra de orgulho por este trabalho. Temos um desafio demográfico grande enquanto país e enquanto Europa. A pandemia também mostrou que temos de ter novas medidas para promover a autonomia das pessoas, garantido novas soluções de teleassistência e de apoio domiciliário»

São quatro os Centros de Referência do Envelhecimento Ativo e Saudável em Portugal:

  • Porto4Ageing,
  • Ageing@Coimbra,
  • Lisboa AHA
  • Algarve Active Ageing

Cujo trabalho já teve inicio com vista a definir algumas das medidas para um envelhecimento mais saudável, que consideram por exemplo:

  • a adaptação das casas ao longo da vida,
  • a criação de um Observatório para o Envelhecimento
  • a redefinição do apoio domiciliário e dos lares que devem ser mais focados na autonomia das pessoas.
  • flexibilização e adaptação das condições laborais às necessidades da população mais velha.

Para Nuno Marques, presidente do Algarve Biomedical Center, que integra o Algarve Active Ageing, esta é a altura «de se definirem medidas concretas».

«Vamos ter um envelhecimento expectável ao longo dos próximos anos. Apontámos aqui algumas medidas, com benefícios a muito curto-prazo e é isso que é necessário: darmos o know-how aos decisores políticos», defendeu.

«Hoje em dia é fundamental também as pessoas saberem usar as ferramentas que já têm à sua disposição, até nestes âmbitos. Se olharmos para isto tudo, de forma integrada, podemos fazer mais num curto espaço de tempo e temos uma oportunidade agora no Plano de Recuperação e Resiliência para fazer a diferença para as pessoas», refere Nuno Marques.

«Os centros continuarão a trabalhar para definir as medidas e uma proposta de plano que será entregue ao Governo para tomar decisões mais sustentadas», adianta

Para a ministra Ana Mendes Godinho, “estes tempos de uma grande para olharmos para o envelhecimento como uma forma de investir na economia da sabedoria, transformando este desafio num investimento económico».

Fonte: PR