Preço das casas continua a aumentar. Em 2021 subiu 12,2% | Habitação

Introduza o seu e-mail

Preço das casas continua a aumentar. Em 2021 subiu 12,2%

26/01/2022 | Fernanda Cerqueira

Preço das casas em Portugal continua a subir. FOTO UNSPLASH Preço das casas em Portugal continua a subir. FOTO UNSPLASH

O segundo ano da pandemia ficou marcado por uma forte valorização da habitação, registando-se, em 2021, um crescimento de 12,2% nos preços das casas em Portugal continental.

Trata-se de um dos aumentos anuais mais robustos do mercado desde 2007, igualando 2017 e sendo apenas superado pela valorização de mais de 15% registada quer em 2018 quer em 2019. Os números são apresentados pela Confidencial Imobiliário e resultam do Índice de Preços Residenciais.

Num primeiro momento, com a pandemia ainda a perturbar a economia e com consecutivos confinamentos, era fácil apostar que a procura por habitação iria abrandar e os preços descer ou pelo menos estabilizar. Contudo, os números não deixam lugar para dúvidas e a verdade é que nada disso aconteceu.

Passar mais tempo em casa fez com valorizássemos mais este espaço, o que levou muitos de nós a procurar outra habitação, maior, com espaço exterior ou até noutra localização. Acresce que as taxas de juro atingiram mínimos históricos, o setor da construção nunca parou e os materiais ficaram mais caros… Neste cenário o resultado tronou-se óbvio: o preço das casas subiu.  

A dúvida que se impõe é tentar perceber o que nos reserva o futuro. O preço das casas continuará a aumentar ou pode haver uma ligeira correção dos preços durante 2022? Está visto que adivinhar o futuro não é uma ciência exata e as opiniões dividem-se.

No Relatório de Estabilidade Financeira de novembro de 2021, o BCE afirma que "a recuperação económica na Zona Euro reduziu os riscos a curto prazo para a estabilidade financeira relacionados com a pandemia", mas que "o risco de correções de preços em alguns mercados imobiliários e financeiros aumentou".

Contudo, Christine Lagarde, a Presidente do BCE, já afastou a hipótese de subir as taxas de juro, pelo menos no imediato.  A procura continua elevada e a oferta reduzida, isto num cenário em que falta de mão-de-obra, o preço das matérias-primas está a subir e a inflação também preocupa.

Até quando vão subir os preços na habitação? É a “pergunta de milhão” e que para quem está a pensar em comprar casa vale mesmo alguns milhares de euros.