Prémio António Champalimaud de Visão 2022 distingue investigadores pelo tratamento de doenças da córnea | Inovação

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Prémio António Champalimaud de Visão 2022 distingue investigadores pelo tratamento de doenças da córnea

24/09/2022 | Fernanda Cerqueira

Foto @Nuno Alexandre | www.publico.pt Foto @Nuno Alexandre | www.publico.pt

Gerrit Melles, dos Países Baixos, e Claes Dohlman, da Suécia, foram os vencedores da edição deste ano do Prémio António Champalimaud de Visão, o maior prémio do mundo na área da visão e que este ano distinguiu trabalhos para o tratamento das doenças da córnea.

De acordo com a Fundação Champalimaud os dois investigadores premiados abriram "novos caminhos na investigação e tratamento de doenças da córnea, devolvendo a visão a milhões de pessoas e impedindo que outras fiquem cegas no futuro".

"As lesões ou distúrbios da córnea são, há muitos anos, uma das principais causas de cegueira em todo o Mundo. Estes dois médicos-cientistas mudaram e aceleraram de forma decisiva o caminho para o tratamento desta doença. Um conhecimento mais aprofundado da camada externa transparente do olho, bem como a possibilidade de garantir uma abordagem melhorada e mais económica à cirurgia e ao transplante da córnea são essenciais para enfrentar este flagelo", explica a Fundação em comunicado.

Gerrit Melles, do Netherlands Institute for Innovative Ocular Surgery, em Roterdão, revolucionou o tratamento cirúrgico da doença. O trabalho desenvolvido por este médico cientista deu contribuições extraordinárias que transformaram a cirurgia da córnea, dando esperança e qualidade de vida a milhões de pessoas.

Claes H. Dohlman, M.D., Ph.D. do Massachusetts Eye and Ear, Harvard Medical School Department of Ophthalmology, transformou a forma como a medicina compreende a córnea tendo desenvolvido e diversos tratamentos inovadores. Com 100 anos de idade, Claes Dohlman é uma referência a nível mundial por ter desenvolvido uma córnea artificial, um contributo inestimável especialmente para doentes cujos olhos estavam demasiado danificados para beneficiar de um transplante tradicional, através de doadores. Claes Dohlman é reconhecido como o pai do denominado “Boston Cornea” (“KPro”), atualmente é usado a nível global.