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É mais uma prova de que aprender não tem idade. O Jornal Público partilha o exemplo do britânico Derek Skipper que frequentou o curso de matemática, apenas por diversão, e passou com a nota mais alta possível na prova de matemática.
Derek Skipper, de Orwell, em Cambridgeshire, fez o exame no início deste ano, mas só no final de agosto descobriu o resultado. E há motivos para orgulho: o estudante atingiu o nível máximo. "Abri os meus resultados esta manhã e descobri que obtive um cinco, o nível mais alto que podia no curso básico de matemática. Estou muito feliz por ter conseguido", comentou, em entrevista à BBC.
Com 92 anos é inevitável que alguns sinais da idade se manifestem e Derek não é exceção. No seu caso os problemas são de visão e por isso precisou de uma lupa."Não ficaria surpreendido se tivesse chumbado porque não conseguia ver bem, mas a lupa ajudou", conta. E como todos os bons alunos, no final da prova apenas tinha uma coisa a lamentar: "uma hora e meia nunca passou tão depressa".
Derek Skipper fez o exame por vontade própria, para testar os seus conhecimentos, e assegura que não teria ficado chateado se não passasse: "só o fiz por diversão" conta.
Aos 92 anos inscreveu-se no curso por ser de frequência gratuita e para melhorar os conhecimentos de matemática. "Fiz [matemática] em 1946 e parece-me que nessa altura passei entre os pingos da chuva como as outras crianças, não percebia nada", relembra. Hoje diz que "a matemática é fantástica" e recomenda "qualquer oportunidade para aprender, aproveitem".
Como companheiros de exame, Derek teve jovens de 16 anos e conta ter "apreciado" a experiência. Shane Day, que lhe deu explicações via Zoom, sublinhou que a presença de Skipper na turma foi positiva para todos. "É bom para fazer as pessoas pensar que nunca se é velho demais. Ele diz que quer manter a mente ativa, e isto [o curso] é bem melhor do que ver televisão", destaca.
Não deixe de ler o artigo "O cérebro e o envelhecimento" que resume as conclusões de alguns dos estudos mais recentes sobre a forma como o nosso cérebro se transforma com a idade.
Fonte: "Tem 92 anos e passou no exame de matemática do secundário. Derek Skipper prova que nunca é tarde para aprender", Jornal Público