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As empresas enfrentam, atualmente, uma realidade desafiante. Na maioria dos open spaces, encontramos, hoje, a trabalhar em conjunto, múltiplas gerações totalmente distintas, com diferentes expectativas e ambições. Se, por um lado, todos reconhecemos os benefícios de um ambiente diverso, com partilha de diferentes experiências e pontos de vista, por outro lado, acresce o desafio para a gestão de recursos humanos.
A crescente competição por novo talento e a dificuldade em reter os mais jovens têm transformado as políticas de gestão de recursos humanos. Começam agora a surgir opções de home office, espaços de trabalho mais modernos, programas de rotação interna, formação, na tentativa de motivar as gerações mais novas. Porém, a prossecução destas políticas orientadas às necessidades dos que agora iniciam o seu percurso laboral pode não estar alinhada com as necessidades de gerações mais velhas. Assim, uma política de recursos humanos one-size fitts all pode ser limitativa ao desenvolvimento integral dos colaboradores e à sua realização pessoal e profissional.
Diferentes dinâmicas, diferentes abordagens
Entre as várias dimensões onde observamos divergências geracionais, a gestão de tempo e descanso assume um papel de destaque. As gerações mais velhas valorizam o seu horário de trabalho, a hora de entrada e hora de saída que lhes dão uma rotina diária e que lhes permitem organizar a sua vida pessoal nas restantes horas do dia. Já as gerações mais novas, que, por um lado, procuram um horário de trabalho mais flexível, estão, por outro, dispostas a trabalhar mais horas, mesmo que isso implique “umas noitadas” durante a semana. Uma política que acomode o descanso e promova hábitos de vida saudáveis é essencial para a manutenção de um bom nível de saúde e de produtividade.
Esta é apenas uma das dimensões onde as empresas encontram desafios na gestão das suas pessoas. A valorização do descanso e do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional materializa-se em políticas que diferem entre gerações. Uma gestão de recursos humanos adaptada, que trate de forma distinta gerações que são, efetivamente, diferentes é fundamental. Fundamental para o desenvolvimento sustentável das empresas e organizações. E fundamental para a realização pessoal e profissional de todos os seus colaboradores – dos mais velhos aos mais novos.