Sarah Jessica Parker dá vida a Carrie Bradshaw 20 anos depois | Cultura e Lazer

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Sarah Jessica Parker dá vida a Carrie Bradshaw 20 anos depois

05/01/2022 | Fernanda Cerqueira

Sarah Jessica Parker para Vogue América, dezembro de 2021 (Foto: Reprodução/ DAN JACKSON) Sarah Jessica Parker para Vogue América, dezembro de 2021 (Foto: Reprodução/ DAN JACKSON)

A atriz, que está a gravar “And Just Like That…”, o spin-off da famosa série, revelou que quer ela quer o restante elenco, que integra as atrizes Cynthia Nixon e Kristin Davis, têm sido alvo de misoginia e idadismo (do termo inglês ageism, que significa o preconceito contra pessoas mais velhas).

«Há tanta tagarelice misógina em relação a nós, que nunca aconteceria em relação a um homem», desabafa Sarah Jessica Parker, em declarações à Vogue.

«Todos têm algo a dizer. É quase como se as pessoas não quisessem que nos sintamos perfeitamente bem como somos, quase como se gostassem de nos ver magoados por quem somos hoje, quer escolhamos envelhecer naturalmente e não parecer perfeitas, ou se fazemos algo [como intervenções cosméticas] se isso nos faz sentir melhor», conta, referindo-se ao criticismo de que as mulheres mais velhas são alvo a partir de uma certa idade. «Eu sei como sou. Não tenho escolha. O que vou fazer a esse respeito? Parar de envelhecer? Desaparecer?».

O nosso aplauso para Sarah Jessica Parker e para todos os que aceitam que envelhecer é um processo normal e de uma beleza incomparável. 

Idadismo: consciência e mudança

Em 2019, a revista AARP conduziu um estudo sobre a representação mediática das pessoas mais velhas, concluindo que «apenas 15% das imagens dos meios de comunicação impressos apresentam pessoas com mais de 50 anos de idade, apesar de este grupo etário constituir um terço da população dos EUA».

E de acordo com um estudo do Instituto Geena Davis sobre género nos meios de comunicação social sobre os estereótipos que as mulheres mais velhas enfrentam em Hollywood, as personagens femininas com mais de 50 anos de idade em filmes eram quase 20% mais passíveis de serem representada como solitárias, ou confinadas em casa, do que as personagens masculinas com a mesma idade. Eram também mais frequentemente alvo de comentários depreciativos sobre a sua idade.