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Ser independente e dar independência

23/08/2019 | Relato de um morador numa Residência Assistida

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Quando escolheu ir viver para a atual Residência Montepio (ex-CUF Residências), do Parque das Nações, fê-lo em detrimento de ir para a casa de um dos quatro filhos, que o receberiam de braços abertos. Salienta que “quis ser independente e dar-lhes, aos filhos, independência”.

É com este espírito livre que António (nome fictício, pois pediu para não ser identificado), engenheiro prestes a completar 94 anos, está há 14 anos na Residência Montepio da Expo, onde vive num apartamento que lhe oferece, indica, todas as condições de conforto. “Vivia há mais de 50 anos numa casa com nove divisões. Criei lá quatro filhos e ainda tinha uma sala de estudo, onde estavam, também amigos dos meus filhos. A casa era muito grande. Para quê que queria uma casa daquele tamanho, difícil de aquecer?” questiona. “Aqui, de verão ou de inverno, estou sempre com 22 ou 23 graus”.

O edifício divide-se em duas partes. Os primeiros quatro andares são ocupados por pessoas com mobilidade reduzida e os cinco superiores, para independentes.

“Quando decidi vir para aqui, o edifício nem sequer estava concluído. Comprei o direito vitalício de habitação por um valor semelhante ao que custaria uma casa desta tipologia aqui na Expo”, conta.

Além do direito de habitação, tem o fornecimento de eletricidade e água (quente e fria). Em simultâneo à compra do direito de habitação, António inscreveu-se nos serviços. “Diariamente, vem aqui uma empregada fazer a cama, limpar o quarto de banho, limpar a cozinha se for necessário e uma vez por semana faz a limpeza geral. Além disso, tenho direito a 30 refeições por mês no refeitório”.

Os moradores contam ainda com o apoio, nos dias úteis, de uma funcionária que dá resposta a questões práticas como a??(retirar) fazer a ponte com a cozinha ou receber o correio. Há, também, um sistema de alarme junto das camas e um serviço de enfermagem e fisioterapia.

Um conselho que o entrevistado dá a quem pretender passar a morar numa residência assistida é ter sempre uma sala para poderem estar sozinhos. “A pessoa deve ter uma sala para estar independente, a ler ou com a televisão desligada ou ligada no canal que quiser. Manter a independência”, salienta.

Exemplo de atividade

Os utilizadores da residência têm ao dispor uma sala comum, onde se pode receber pessoas, caso não queira fazê-lo em casa, e uma biblioteca, com jornais diários e semanários. “Temos sempre o Público, entre outros diários”. “Quando vim para aqui as estantes da biblioteca estavam vazias. Fomos nós moradores, que preenchemos os espaços com livros que hoje compõem esta biblioteca, e partilhamos entre nós”, explica. Além disso, há um terraço e um ginásio, que António usa. “Gosto mais de andar na rua, mas se estiver mau tempo, vou lá para cima, tenho lá a passadeira. Além disso, mesmo preferindo andar de bicicleta no exterior, aí (retirar) uma vez por semana vou ao ginásio fazer exercício aos braços, que não faço na bicicleta”.

Este meio de transporte é muito apreciado pela nossa fonte. “Além do pedalar fazer bem, a bicicleta também promove o equilíbrio, o que me dá jeito e permite-me continuar subir e descer escadas sem ajuda de corrimão”.

Para ajudar a manter a invejável forma física que tem para os seus praticamente 94 anos, vai à hidroginástica, fora da Residência Montepio, duas vezes por semana.

Juntar a atividade física à cultural é importante e o entrevistado conta com o orgulho que foi ao um dos recentes sete concertos que o músico André Rieu deu no Altice Arena. “Sou um fã, tenho alguns DVD dele e aproveitei a vinda a Portugal para ir ver o espetáculo”.

A prova da atividade de António é que se queixa da qualidade dos transportes públicos desde a zona onde mora para chegar ao centro de Lisboa. “No dia em que não tiver automóvel, fico com as pernas ‘cortadas’”. Sim, ainda conduz sempre que precisa.

Sétima residência prestes a abrir

As Residências Montepio vão contar, em breve, com uma sétima unidade, com a inauguração de uma segunda estrutura em Lisboa, juntando-se à já existente na capital, no Parque das Nações. As restantes cinco Residências Montepio existentes localizam-se no Porto (Breiner), em Vila Nova de Gaia (Quinta de Cravel), em Coimbra (Quinta da Romeira), em Cascais (Parede), no Montijo e em Lisboa (Parque das Nações). 
Toda e qualquer pessoa, independentemente de ser ou não cliente Montepio poderá usufruir dos serviços e produtos destas Residências, existindo benefícios para os clientes ou associados Montepio.
Estes espaços disponibilizam os programas – VITALidade+ e Tele-VITALidade – que dão o acesso a uma diversidade de vantagens e descontos sendo que ao aderir a um dos cartões de saúde das Residências Montepio o beneficiário entra automaticamente para uma lista de espera prioritária (a entrada não é garantida pois depende sempre do número de vagas disponível). Não existe jóia de entrada. A única condição é o pagamento de uma caução equivalente a duas mensalidades, que é devolvida no momento da saída da Residência, qualquer que seja o motivo.
Para além das unidades residenciais, existem outros dois serviços: o Apoio Domiciliário e a Tele-Assistência. Estes proporcionam cuidados médicos, mas no conforto do lar.

Caso pretenda inscrever-se deve marcar uma visita a uma das Residências ou preencher o formulário disponível no site oficial das Residências para solicitar uma reserva