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Com a percentagem da população idosa a aumentar, surgem preocupações sobre a capacidade da sociedade em lidar com os desafios associados ao envelhecimento, mas também em perceber se estamos a tirar o melhor proveito das oportunidades que a longevidade nos oferece.
Temos, por um lado, mais população idosa do que jovem. O que significa, nos moldes sociais atuais, não só uma redução da população ativa, mas também a necessidade de investimentos cada vez maiores em soluções sociais no âmbito do cuidado, da vida familiar, dos sistemas de previdência e saúde, da qualidade do ambiente construído, das tecnologias de informação e de saúde, na prevenção, tratamento e cura de doenças.
Importa parar para refletir sobre como podemos envelhecer mais saudáveis. São efetivamente cada vez mais as pessoas que se mantêm ativas muito para além da idade da reforma, aquelas que voltam a estudar ou que arriscam em novos percursos profissionais.
A ideia de centenário - atingir os 100 anos - é cada vez mais uma realidade, sobretudo, num momento em que a esperança média de vida em Portugal se fixa em mais de 80 anos (80 anos para os homens e 84 anos para as mulheres).
Devidamente planeado o envelhecimento pode transformar desafios em oportunidades. A começar pelo investimento nos jovens de hoje, promovendo hábitos saudáveis, que potenciem uma vida longa e com saúde por mais tempo. Mas também garantindo o acesso à educação e emprego. Cuidar dos jovens garantirá certamente a melhoria de vida das futuras gerações de idosos.
É igualmente importante desenvolver uma nova cultura de envelhecimento. A promoção da aprendizagem ao longo da vida, a flexibilização de horários de trabalho, um ambiente laboral que promova a intergeracionalidade são fatores que podem levar muitos profissionais a optar por prolongar as suas carreiras profissionais e contributivas por mais tempo.