Introduza o seu e-mail
Uma iniciativa que envolve a população local, a divulgação e dinamização de terras e regiões isoladas é o que nos propõe o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) com este projeto piloto "Viva@avó".
A ideia passa por envolver os locais que nos recebem em casa e contando-nos estórias, proporcionando-nos experiencias únicas. Levar turistas as aldeias de trás-os-montes, e saber por exemplo o que significa o nome da aldeia Agrochão, no concelho de Vinhais. Agrochão "provém da palavra Agrochano, que significa terra boa - agro (terra) e chão (bom)". E assim poderá ser uma forma de dar o mote a apresentação da aldeia e de tudo o que ela tem de melhor.
A ideia desse projecto da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT) de Mirandela, fazer o mesmo para tantas outras pequenas aldeias da região transmontana. Este é o objetivo do projeto-piloto "Viva@avó". A ideia surgiu da experiência de "viver na casa da avó, que muitos recordam com saudades", conforme a explicação do diretor da escola, Luís Pires. "No fundo, as avós desses lugares irão abrir as portas do seu lar para receber todos aqueles que queiram ouvir estórias, relatos, lendas e oferecer uma refeição com os sabores e de acordo com as receitas mais genuínas da região", concretiza. O que se propõe "é um momento de partilha em torno do misticismo, fascínio e ternura que os mais velhos proporcionam".
FCT financia este projecto com o objetivo de perpetuar tradições:
O projecto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e, "além da dinamização do turismo, pretende, de forma mais científica, a recolha de elementos culturais, nomeadamente memória de usos e costumes, gastronomia, etc., de forma a perdurarem no tempo". Para além disso, a EsACT pretende estudar "o impacto desta nova dinâmica junto das populações de reduzida densidade, valorizando elementos do património, contribuindo para o combate à desertificação das aldeias e atenuando, de alguma forma, a solidão dos idosos". Numa vertente mais comercial, o projecto quer também contribuir para "fomentar a preservação, produção e o escoamento de produtos locais".
Adaptado de Jornal Publico
http://p3.publico.pt/actualidade/educacao/25286/vamos-visitar-casas-das-avos-de-vinhais