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Apesar da crescente divulgação sobre a importância do sono e das doenças relacionadas com o sono, a maioria dos portugueses não lhe atribui a devida importância.
Num inquérito realizado em 2019, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a Sociedade Portuguesa da Medicina do Trabalho (SPMT) alertavam para os «maus hábitos de higiene do sono» dos portugueses.
De acordo com os resultados obtidos, 46% dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dormem menos de 6 horas por dia, 21% dizem que demoram mais de 30 minutos para adormecer, 32% consideram ter um mau sono e 40% reportam dificuldade em manter-se acordados durante a condução e outras atividades diárias.
Um cenário que se agravou com a pandemia. O stress, ansiedade e cansaço provocados pela exposição a um período tão longo de instabilidade, aliado ao confinamento e em alguns casos à própria doença, agravaram um problema real e com impacto direto na saúde.
Para 45,7% das pessoas que participaram num estudo realizado pela Associação Portuguesa do Sono, em conjunto com o CINEICC - Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental, da Universidade de Coimbra, o sono piorou durante a pandemia. Para 37,8% não houve alterações e 14,6% afirmaram que o seu sono melhorou.
Horas de sono
Quantas horas devemos dormir? Devemos ir para a cama sempre à mesma hora? Existem imensas questões relacionadas com o sono ideal. O sono ideal é aquele que nos deixa a sensação de sono reparador.
Devemos dormir quando o sono surge e tentar manter horários regulares diariamente. O nosso corpo precisa de uma rotina.
Sabemos que o número de horas recomendado para a idade adulta deve ser entre 7 a 9 horas. No entanto, existe uma grande variabilidade individual relativamente às necessidades do sono.
Hábitos, comportamentos e ambiente
Para conseguir dormir um sono reparador deve adotar uma alimentação equilibrada e evitar café e outras bebidas com cafeína a partir da tarde. Praticar exercício físico de forma regular é, igualmente, importante pois vai ajudá-lo(a) a gerir o stress e a relaxar. Idealmente o exercício físico dever ser feito durante o período da manhã.
Evite utilizar o telemóvel ou tablet antes de dormir, pois os ecrãs destes dispositivos emitem luz azul (com comprimento de onda semelhante a luz solar).
Outro aspeto importante é o conforto, ou seja, procure criar o ambiente certo para si, com a temperatura adequada, sem luz ou ruído.
Já que apostamos tanto em bons hábitos alimentares e de exercício físico não devemos esquecer que nenhuma destas áreas funciona bem se dormimos mal.
Para saber mais:
Resultados de inquérito da SPP e da SPMT, de março de 2019
Resultados do estudo ‘Como dormimos em tempo de pandemia?’, de março de 2021