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Em termos de grandes conclusões, podemos referir que:
Em pleno contexto de procura por um mundo mais verde, o maior exemplo vem do universo alimentar.
Em Portugal, número total de adultos que segue uma dieta eminentemente vegetal já atinge mais de um milhão de pessoas.
Esta é a principal conclusão da segunda edição do estudo ‘The Green Revolution’, acabado de lançar pela Lantern, consultora de estratégia e inovação, especialista no setor alimentar.
Este estudo conduzido com uma base de mais de mil entrevistas feitas à população adulta portuguesa, revela um crescimento sustentado das novas dietas alimentares.
Na primeira edição do estudo, lançada em 2019, a Lantern concluiu que quase 9% da população portuguesa era veggie. Desde então esse valor aumentou quase três pontos percentuais.
Em 2021 verificou-se um crescimento, face a 2019, que atinge quase 250.000 novos veggies, o que se traduz num aumento de 33%. Ou seja, 11,9% da população já se assume como veggie, o termo que designa a soma de vegans, vegetarianos e flexitarianos.
Dentro da comunidade veggie, a maior parte destes consumidores consideram-se flexitarianos, ou seja, seguem uma dieta alimentar menos rígida que permite o consumo de carne e peixe de forma ocasional:
Quanto aos vegans (que excluem por completo qualquer produto de origem animal) e vegetarianos (que não incluem carne nem peixe na sua alimentação, mas aceitam os seus derivados), a soma destas duas classes alimentares cresceu 57% face a 2019:
“O crescimento dos veggies é uma tendência clara, mas ainda não está a ser sustentada pelos dados de consumo. Ainda não se verificou uma queda significativa nas vendas da carne vermelha”, nota David Lacasa, partner da Lantern.
“Se analisarmos os dados do INE sobre a evolução, desde 2010, do consumo humano de carne vermelha, vemos como desde 2013 o volume total de toneladas tem crescido um 7%, mas ainda está 3% abaixo dos dados de 2010.
De 2019 a 2020 o consumo caiu um 5% até as 662 toneladas, dados muito relacionados com o impacto da pandemia no consumo fora de casa”, acrescenta.
No que toca ao género, pode assumir-que a tendência veggie tem crescido, sobretudo, entre as mulheres.
Uma em cada 7 mulheres assume-se como veggie, o que significa 13,7% da população feminina, um número que cresce em comparação com 2019 onde eram 1 de cada 8.
Já entre os homens, apenas 1 em cada 10 pertence à classe veggie (9,9%).
Olhando para a combinação de vegans e vegetarianos, o domínio existe também para o sexo feminino: o peso nas mulheres é de 3,1% vs. 2,0% nos homens.
Quanto à idade, a comunidade veggie estende-se em todas as faixas etárias, com uma presença mínima de 10% em cada grupo.
Geograficamente, a divisão é equitativa:
Contudo, o maior crescimento de veggies em relação a 2019 concentra-se em cidades com mais de 100.000 habitantes, com 52,6% mais de veggies (51% em 2021 contra 33% em 2019). Já nas cidades com menos de 100.000 habitantes, o fenómeno desceu em 26,2% (de 67% para 49%).
Face a 2019, as motivações dos consumidores vegan mantêm-se inalteradas:
Fonte: Press Release