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Os portugueses apresentam um perfil de poupança relativamente baixo e, para a generalidade da população na idade da reforma, a pensão de velhice assegurada pelo sistema público de Segurança Social constitui a principal fonte de rendimento.
O envelhecimento da população, resultado do aumento progressivo da esperança média de vida e da descida da taxa de natalidade, coloca uma pressão crescente na sustentabilidade financeira do sistema público de pensões. A manterem-se as tendências atuais haverá cada vez menos trabalhadores ativos a contribuir para a Segurança Social e mais pessoas reformadas.
Face a este cenário é projetada por muitos especialistas uma diminuição significativa da taxa de substituição dos rendimentos pós-reforma, ou seja, da passagem da última remuneração para a primeira pensão.
Para Portugal, a Comissão Europeia projeta que a taxa média de substituição das pensões do sistema público, em relação à remuneração no momento da passagem à reforma, possa diminuir de 74,0%, em 2019, para 41,4%, em 2070 (uma queda de 32,7% p.p., a terceira maior ao nível da União Europeia, a seguir à Espanha e à Letónia)(*1).
Uma das formas de mitigar o impacto da diminuição da taxa de substituição das pensões do sistema público é através dos regimes complementares. É por isso essencial aumentar a literacia financeira e estimular o papel dos regimes complementares. Criar hábitos de poupança, avaliar a possibilidade de ter um Plano Poupança Reforma (PPR) são algumas estratégias que poderão melhorar as nossas finanças para quando entrarmos na reforma.
Se ainda não tinha pensado neste tema hoje é um bom dia. Tenha 20, 40 ou 60 anos está sempre a tempo de começar a preparar a sua reforma. A diferença estará no esforço necessário para conseguir uma boa ‘almofada financeira’ que lhe permita viver tranquilo os merecidos dias de descanso da reforma.
Fontes:
(*1) - The 2021 Ageing Report, Comissão Europeia