Introduza o seu e-mail
Experiências inéditas ao longo da vida como voar de balão, dançar, estudar um idioma novo, provar um prato exótico ou até mesmo aprender um jogo novo são ações que podem gerar benefícios imensos ao seu cérebro, mantendo-o jovem por mais tempo, segundo artigo publicado no site Viva bem.
Mudanças de estilos de vida podem ser uma boa proteção contra o envelhecimento cerebral patológico, conclusões a que chegou o estudo FINGER (Finnish Geriatric Intervention Study to Prevent Cognitive Impairment and Disability), publicado na revista britânica The Lancet.
Segundo este estudo onde participaram 1.260 pessoas sem demência e com idades compreendidas entre os 60 e os 77 anos de vida, e que foram acompanhados por dois anos, e divididos em dois grupos distintos: Um grupo de controle, em que os participantes apenas receberam orientação quanto às mudanças de hábitos, e um grupo de intervenção, no qual os participantes foram sujeitos a um programa de readequação de estilo de vida. Essa readequação consistia numa mudança na dieta, na atividade física, no controle de fatores de risco cerebrovascular de hipertensão arterial, diabetes e colesterol e num treino cognitivo. No final dos 2 anos, o grupo que foi submetido à intervenção apresentou uma menor incidência de declínio cognitivo e melhor desempenho nos testes neuropsicológicos Esse estudo foi importante para mostrar o impacto da mudança no estilo de vida para o envelhecimento saudável.
Aprender coisas novas ou participar de atividades diferentes durante a sua vida, estimula novas conexões —através de um processo chamado de neuroplasticidade— em regiões cerebrais envolvidas na memória e na atenção. Essas regiões são frequentemente prejudicadas por doenças que afetam a memória e até mesmo pelo próprio envelhecimento. Daí a importância de uma estimulação constante para aumentar a reserva cognitiva e diminuir oe efeitos do envelhecimento.
Cérebros 'treinados' ou com maior reserva toleram mais agressões, reduzindo o aparecimento de declínios cognitivos.
Existem várias possibilidades, desde aprender a dançar, fazer jardinagem, pintar, estudar um idioma diferente e até investir em jogos e atividades que contemplem o raciocínio, como palavras cruzadas e exercícios matemáticos.
O mais importante é que a pessoa se sinta à vontade com as atividades que pratica e que goste de fazê-las, pois assim são mais facilmente mantidas ao longo do tempo e nas varias etapas da sua vida. São igualmente importantes atividades em grupo ou em que exista interação social para manter o cérebro são conforme vai envelhecendo.
Experimentar comidas exóticas e viajar para destinos fora das rotas convencionais também são boas ideias, pois novos estímulos precisam ser interpretados e lembrados para gerar aprendizagem. Costumes, amizades e ambientes diferentes irão contribuir para estimular sinapses e para o "aumento" da reserva cognitiva.
Por isso, viva e experimente coisas novas. Assim, estará a contribuir para um cérebro mais jovem e portanto para um envelhecimento ativo e sobretudo, positivo!