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Vamos fazer um exercício. Quantas vezes já lhe aconteceu sair de casa para ir comprar apenas uma coisa e voltar com várias outras coisas. Já aconteceu algumas vezes? Muitas vezes? Cada caso é um caso, mas os portugueses são, regra geral, muito consumidores e modestos aforradores.
Em 2019, a concessão de crédito ao consumo bateu recordes, atingindo os 5.245 milhões de euros. Em 2020, e no contexto da pandemia COVID-19, o consumo contraiu. Fosse por falta de dinheiro ou face à incerteza que a pandemia instalou a verdade é que o consumo direcionou-se, maioritariamente, para os bens essenciais. As poupanças dos portugueses aumentaram e o crédito ao consumo caiu.
«O mercado de crédito aos consumidores foi particularmente afetado pela pandemia. O montante de crédito concedido diminuiu 30,2% no crédito pessoal», assinala o Banco de Portugal no Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2021, publicado em finais de julho.
Num contexto em que temos mais poupança e estamos menos dependentes do crédito ao consumo, este é um momento muito favorável para cortar com maus hábitos e traçar um perfil de consumidor mais sustentável.
Para evitar ceder às compras por impulso, reunimos algumas dicas para o ajudar.
Uma das formas de evitar compras por impulso é evitar os cartões de crédito. Ter acesso a muito dinheiro pode estimular o ato de comprar. Lembre-se que no crédito o dinheiro não é seu e mais tarde vai ter de o pagar. Limite o cartão de crédito a despesas urgentes.
Receber constantemente, na caixa de correio eletrónico, promoções e oportunidades de desconto motiva-o a gastar. Nunca devemos perder de vista que no comércio há equipas de marketing que se dedicam a tentar perceber quais os estímulos que funcionam melhor para incentivar as compras por impulso e aproveitar ao máximo para aumentar as suas vendas.
Tente identificar o que lhe faz falta, seja para o supermercado ou para o centro comercial. Identifique quais são as suas necessidades e faça uma lista. Quando sair para ir às compras vai saber exatamente o que precisa.
As compras por impulso são emocionais. Por isso na hora de comprar pergunte a si mesmo «eu preciso mesmo disto?». Ou também muito importante «para comprar isto eu tenho de trabalhar quantas horas? Vale mesmo a pena?». Se responder com honestidade a estas duas perguntas e ainda assim quiser comprar, vai certamente fazer uma boa compra.
Fonte:
Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2021