Comunidades Compassivas em tempo de pandemia | Sociedade

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Comunidades Compassivas em tempo de pandemia

14/06/2020 | Elsa Mourão

Comunidades compassivas - Foto: Unsplash Comunidades compassivas - Foto: Unsplash

Realizou-se dia 2 de junho o Fórum online: “Comunidades compassivas em tempo de pandemia", com a presença de cem pessoas, numa iniciativa da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos – Grupo de Comunicação e Media e Projeto Portugal Compassivo, em colaboração com a Escola Superior de Saúde de Santa Maria e o Instituto Superior de Serviço Social do Porto.

Um painel de oradores que incluiu uma psicóloga clinica e investigadora na área da compaixão e no mindfulness, uma antropóloga ligada a uma autarquia fortemente atingida pela pandemia, uma praticante budista de longa data com bastante experiência no ensino da compaixão, uma assistente social duma equipa de Cuidados Paliativos dum hospital com elevado número de doentes COVID 19, e um musicoterapeuta fundador dum projeto de “vizinhança compassiva” no país basco.

Falou-se da compaixão como prática milenar e presente em muitas correntes filosóficas e religiões. Mas compaixão como ação, coragem para enfrentar o sofrimento e compromisso para o aliviar ou evitar.

Ao avançar no conceito da Compaixão e na sua aplicação em cidades e comunidades compassivas ficou clara a importância do treino e cultivo da compaixão pois esta semente existe no ser humano mas a ciência mostra que se pode desenvolver (como se treina um músculo) e ser benéfico para quem a recebe e para quem a prática 

 

Como estão a reagir as organizações na atual situação

Na atual situação, as organizações como, autarquias, IPSS, policia, bombeiros, proteção civil, equipas de saúde e outras “saíram da varanda” e deram corpo à importância da interdependência numa prática de Compaixão Organizacional. Reinventaram-se as famílias e os serviços de saúde e social para responder ao distanciamento social imposto numa fase de carência de proximidade física e apoio.

A pandemia igualou-nos no sofrimento e expôs a nossa vulnerabilidade, a humanidade partilhada. As ações compassivas multiplicaram-se e passaram a fazer parte da “ordem do dia” mas é importante que estas sementes de “compaixão como ação”, sejam regadas e cuidadas.

Que o contágio da compaixão seja viral permitindo-nos passar do isolamento para o contágio social.

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