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O boom imobiliário e o consequente aumento das rendas levaram Berlim a congelar o preço das rendas pelo período de cinco anos. E a fixar o preço máximo do metro quadrado, para arrendamento, em 9,8 euros.
Esta é uma medida controversa que ora conquista apoiantes ora gera severas críticas. As autarquias de Amesterdão e de Nova Iorque olham já para Berlim como uma possível resposta para a especulação imobiliária.
Esta é, contudo, uma possibilidade rejeitada para Lisboa e para o Porto, onde a pressão sobre o preço das casas mais se faz sentir.
Em entrevista à Bloomberg, o Primeiro-Ministro relembrou que o congelamento das rendas é «uma matéria muito sensível». «A experiência de congelar rendas por 40 anos foi uma má solução para a preservação e para a renovação da cidade». O Primeiro-Ministro admite que esta possa ser uma «boa opção para Berlim», mas considera que «[em Portugal] é necessário ir gerindo o mercado para evitar movimentações especulativas, com ferramentas além do congelamento».
Além da experiência passada, as cidades portuguesas têm notórias diferenças em relação a Berlim, onde a grande maioria são inquilinos. Um cenário muito diferente do português, onde continuamos a optar pela compra de casa em detrimento do arrendamento.