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Pessoas mais velhas que dormem sestas de mais de uma hora são mais propícias a desenvolver Alzheimer ou outros tipos de demências em cerca de 40% do que aqueles que dormem menos tempo, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco.
O estudo utilizou dados recolhidos ao longo de 14 anos pelo Rush Memory and Aging Project.
Ao dormir duas horas por dia aumenta o risco declínio cognitivo em comparação com menos de 30 minutos de sono por dia.
A qualidade e a quantidade de sono diminuem com a idade, por questões muitas vezes associadas a questões de saúde. Para compensar essa diminuição as pessoas mais velhas tendem a dormir com mais frequência ao longo do dia, comparativamente a outras fases das suas vidas.
Com este estudo, o que se percebeu foi que o sono durante o dia poderá também indicar alterações cerebrais “independente do sono noturno”, como refere o referido investigador.
Durante 14 dias por ano, os participantes do estudo usaram um rastreador de dados que monitorizava os movimentos; Caso não houvesse nenhum movimento por muito tempo, durante o dia (das 9h às 19h) era indicado como um período de sono.
Sabe-se também que estar sentado sem se levantar ou movimentar-se durante longos períodos de tempo é um fator de risco para o declínio cognitivo e consequentemente para o Alzheimer, e, portanto, há que estar atento para estes sinais.
O ideal é restringir o sono durante o dia ficando nos 15 a 20 minutos, antes das 15h. Assim garante que não prejudicará o sono reparador durante a noite, como refere o investigador mencionado neste artigo.
Outro alerta é dado aos cuidadores das pessoas mais velhas para que estejam atentas a estes períodos longos de sono durante o dia, podendo gerir e quem sabe diagnosticar de forma precoce alguma alteração que possa surgir na pessoa cuidada.
Fonte: Journal of Alzheimer’s Disease
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