Introduza o seu e-mail
É sempre importante manter um ritmo diário (mesmo que menor), para nos ajudar a sentirmo-nos:
- uteis
- produtivos
- com um propósito.
Seja por necessidade de rendimento adicional ou apenas por querer manter-se ativo, há realmente muitas pessoas que continuam a trabalhar mesmo depois de terem-se reformado.
Apesar do envelhecimento da população, o mercado ainda tem bastantes preconceitos com os profissionais mais velhos, admitem os especialistas em recursos humanos.
Sabe qual é a idade da reforma em 2021?
Mas para que possam realmente manter-se no mercado de trabalho é preciso demonstrar constante atualização, energia, abertura para novas ideias e uma extensa rede de relacionamentos, dizem os especialistas.
Um dos grandes desafios do profissionais acima dos 50 anos é mostrar que:
- conseguem relacionar-se com pessoas mais novas,
- têm abertura para novas ideias
- conseguem estar sempre atualizados.
A experiência mostra que muitos desses profissionais têm muito mais energia que alguns mais novos. O maior valor agregado deste grupo de profissionais, está principalmente na maturidade, na experiência, na maior capacidade de lidar com a pressão.
Uma coisa é certa, a formação deve ser um processo continuado ao longo da vida de trabalho e não apenas uma fase de vida como era antigamente.
Isto não implica um novo curso universitário mas sim formações em áreas complementares ou que acrescentem novos conhecimentos e capacidades aos já adquiridos para que as pessoas se mantenham atualizadas.
Para além do preconceito ainda existente no mercado de trabalho, o médico e professor convidado da Fundação Dom Cabral Frederico Porto (Brasil) afirma que os mais velhos têm o que ele chama de “complexidade cognitiva”, ou seja, mais capacidade para processar questões, o que pode ser um ativo importante como profissional:
As pessoas com 50, 60 anos têm mais complexidade cognitiva. É alguém que, mesmo em assuntos que não domina, pode observar, raciocinar e encontrar pontos em falta. É um profissional mais apto a desenvolver processos do que alguém mais jovem. O importante é conseguir manter a saúde e administrar a energia pessoal com essa maior complexidade cognitiva.
Nos últimos tempos, a realidade dos cortes da reforma e da incerteza é cada vez mais uma preocupação. Portanto, pode ser importante arranjar novas atividades para fazer como complemento da reforma ou pensões. Mas cuidado, pois nem todo hobby pode tornar-se numa profissão:
Cada um precisa descobrir o que gosta de fazer, suas paixões, mas também seus talentos, ou seja, o que sabe fazer bem. è importante perceber qual é a necessidade do mundo à sua volta, e portanto como pode oferecer seus talentos para resolver um problema, tornando-se na solução. Um engenheiro, por exemplo, pode atuar como consultor financeiro.
Uma das primeiras sugestões é conversar com antigos colegas de trabalho para avaliar pontos positivos e negativos. Ao identificar as qualificações, é preciso perceber o perfil do trabalhador, refletir se é preciso desenvolver novos conhecimentos e estabelecer um plano de ação, com cursos e projetos.
Um ser humano que vai viver cem anos terá ao menos três carreiras ao longo da vida. Este é o caminho do futuro. É um processo de descoberta, leva tempo e não tem necessariamnete uma receita certa e imediata.
A ideia é um contrato em tempo parcial de trabalho para quem já está na reforma, com horários mais flexíveis e prazo determinado, com direito a férias.
A diferença é a flexibilidade que dá ao trabalhador e às empresas. É uma proposta inclusiva, que dá incentivos para as empresas contratarem e o trabalhador manter-se ativo. O que permite gerar mais renda e manter-se a mais ativo e saudável.
Para evitar o risco da substituição de trabalhadores mais novos por estas pessoas já refprmadas ou em idade de reforma, o projeto poderá limitar esses contratos a uma pequena percentagem da força de trabalho de uma empresa, como já acontece em alguns países.
Assim poderemos manter pessoas ativas e com grande capacidade, a envelhecer de forma ativa e positiva, escolhendo o caminho e o que mais os realiza, em termos de vida futura, e mantendo as opções em aberto!
Ouça o nosso podcast acerca da reforma
Adaptado de http://www.50emais.com.br