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O mundo está a envelhecer. É um facto!
As crianças dos países desenvolvidos nascidas hoje poderão ultrapassar os 100 anos. Não é nenhuma novidade, nem mesmo o fato de que nós, as pessoas mais experientes de hoje, temos uma boa probabilidade de vivermos até os 90 anos, ou mais, e com boa saúde.
Entretanto, o que ainda precisa ser amplamente divulgado, e interiorizado nas mentes de empreendedores e de toda a sociedade, é a importância que este consumidor representa para a Economia da Longevidade.
Que fique patente, portanto, que deixamos de pertencer a um segmento menor e ignorado da sociedade para nos tornarmos uma parte extremamente importante e vibrante de nossa economia.
Estamos a tratar do “maior mercado do século XXI”, e a terceira área mais estratégica da economia mundial.
Para além de nos sentirmos jovens, transformamos a nossa longevidade em um activo para a sociedade na medida em que procuramos produtos e serviços que nos proporcionem dias cada vez melhores. Esta nossa dinâmica fomenta a expansão de diversos sectores do mercado.
Agora é fundamental que se construa um novo entendimento das realidades:
do público maior de 60 anos
A fortaleza existente neste segmento de mercado é tão patente que já fez países como a:
estabelecerem uma estratégia de desenvolvimento para a economia da longevidade, assumindo-a como um dos pilares estratégicos do crescimento do PIB – Produto Interno Bruto.
Igualmente na União Europeia, é uma área de especial importância, a merecer recomendações para investimentos estratégicos, tendo em vista o impacto que causa no PIB de seus estados-membros (seja em deficit como na geração de receitas).
Segundo estimativa do Bank of America Merrill Lynch (banco de investidores e de serviços financeiros), o mercado mundial relacionado às pessoas mais velhas movimenta, hoje, nos Estados Unidos, cerca de US$ 7,1 biliões ao ano, a justificar a sua colocação como a terceira maior actividade económica do mundo.
A Economia da Longevidade surgiu no final da década de 70, no Japão, com o nome “silver economy”. Segundo o Professor Doutor Jorge Félix.
"O Japão, por ser uma nação muito mais envelhecida, logo houve a percepção da formação do novo mercado".
Jorge Félix foi o primeiro pesquisador brasileiro a estudar a "Economia da Longevidade".
Doutor em Ciências Sociais e mestre em Economia Política (PUC-SP), é também professor de Gerontologia da Universidade de São Paulo, pesquisador (CNPq) e especialista em envelhecimento populacional.
Em seu livro Viver Muito, de 2011, Dr. Jorge possibilita ampliar-se a visão sobre o envelhecimento, destacando-se as consequências desse fenómeno e os desafios socioeconómicos que se apresentam para um Brasil cada vez mais envelhecido.
Para o pesquisador, o Brasil ainda necessita da criação de uma estratégia que envolva todos os participantes do sector, como acontece em países europeus.
O governo francês, exemplifica o Professor Félix, fundiu o Ministério da Indústria e da Acção Social para que as tecnologias pudessem estar mais próximas das áreas académicas, a favorecer o mercado da longevidade.
“A França foi o primeiro país a institucionalizar a economia da longevidade como política pública.”
Silvia Triboni – Editora e Produtora de conteúdo em Longevidade e Turismo na Across Seven Seas