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Em tempos, este espaço agora em fase de conversão, era onde se fabricavam os gelados da Rajá. Agora a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai fazer nascer uma nova unidade residencial com um centro de dia e um espaço para atividade física para os mais velhos.
Em pleno Parque Florestal de Monsanto, a fábrica foi doada pela Nestlé em 2014 para que se transformasse num espaço para o “bem comum”, disse ao PÚBLICO, Helena Lucas, diretora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património da SCML.
Segundo a responsável, a reabilitação da fábrica já arrancou. Nela nascerá um espaço residencial adaptado para os mais velhos e para quem tenha mobilidade reduzida. Estão previstas 62 camas, distribuídas por 28 quartos (22 duplos e 6 individuais), e oito apartamentos de tipologia T0 e T1.
Além do espaço residencial, será também construído um "centro de bem-estar", que contará com uma piscina e um ginásio, para a prática de atividade física, que poderá ser para quem está alojado nas residências, ou para utentes de outros equipamentos da SCML. Está também a ser “ponderada” a sua "abertura à comunidade", através de protocolos com outras entidades, como as juntas de freguesia, explicou Helena Lucas.
Estão previstas outras áreas como uma sala de refeições voltada para o jardim e um auditório exterior que será acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
O prazo estimado para a conclusão da obra será no final de 2019, embora os primeiros utentes só deverão usufruir destas facilidades em 2020.
Volume de Investimento: 4 Milhões de Euros
A SCML prevê investir cerca de quatro milhões de euros. No total, o terreno tem uma área bruta de construção com aproximadamente 4000 metros quadrados. Uma parte do edifício vai ser demolido, para que possa haver "mais espaços verdes", referiu Helena Lucas.
"As preocupações deste projeto foram a acessibilidade e sustentabilidade”, continuou a responsável, explicando que serão utilizadas energias renováveis para sustentar algumas das necessidades energéticas do edifício.
Quase concluído, está o projeto da Quinta Alegre, na Charneca do Lumiar – um centro inter-geracional.
A SCML dá agora por concluídos os trabalhos de reabilitação e conservação do Palácio do Marquês do Alegrete — e do jardim de traça romântica —, classificado pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) como Imóvel de Interesse Público.
O espaço foi transformado em residências para mais velhos, com 75 camas em quartos duplos e individuais e dez apartamentos T0 e T1.
Esta obra de recuperação foi uma das distinguidas na edição deste ano do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana.
Espera-se que os primeiros utentes possam já ocupar este espaço no início de 2019.
O projeto prevê ainda a criação de uma “unidade residencial”, com a construção de habitações T0 e T1 para arrendamento destinadas a jovens ou adultos em início de vida.
Este espaço incluirá áreas lúdicas e culturais, que serão abertas à comunidade, embora estas ainda em fase de projeto.