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Esta foi uma medida que o governo grego lançou como resposta às projeções de envelhecimento bem como de redução da população, que aponta para uma quebra nos próximos 30 anos de cerca de 1/3 da população grega. As estatísticas mostram ainda de acordo com o jornal britânico The Guardian, uma redução muito acentuada da taxa de natalidade,
Pretende-se assim dar apoio aos pais durante os primeiros anos de vida do filho. Este bónus é dividido em duas parcelas anuais e apenas será entregue as famílias cujos rendimentos do ano não excedam os 40 mil euros.
Como acima mencionado e segundo o Eurostat, até ao ano de 2050, está previsto que cerca de 36% da população grega tenha mais de 65 anos de vida, uma previsão que não pode deixar de preocupar o Governo, face às implicações que esta alteração demográfica provocará na força de trabalho.
“… é uma questão de preservação nacional. As altas taxas de produtividade estão associadas às populações jovens e não ao envelhecimento ativo, por isso este assunto deve ser uma prioridade do crescimento económico. Tudo isto fica pior, quando olhamos para o estado difícil do nosso sistema de pensões”, segundo Domma Michailidou, a vice-ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais.
Nos anos fortes da crise na Grécia, (2010 a 2015), com taxa de desemprego da ordem dos 28%, foram cerca de 500 mil as pessoas que deixaram o país em busca de melhores condições de vida e de trabalho, sendo a grande maioria jovens profissionais. Nessa altura, o pais perdeu cerca de um quarto da sua produção económica, tendo sofrido um corte de 40% no orçamento da saúde o que afetou consideravelmente as taxas de natalidade.
Este novo incentivo à taxa de natalidade prevê-se que venha a custar ao Governo cerca de 180 milhões de euros por ano, o equivalente a 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto). Este bonus está também disponível para a população estrangeira desde que resida no país há pelo menos um ano.