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A relação de cuidado aos adultos maiores em contexto de vulnerabilidade, encerra em si desafios de comunicação que têm sido documentados na literatura científica e relatados pelos cuidadores, como uns dos principais concorrentes para a vivência de stress continuado e exaustão.
Atualmente, quem cuida, formal ou informalmente e até mesmo voluntários que emprestam o seu afeto e competências para o enriquecimento das interações sociais com a população de maior idade em solidão, não têm uma plataforma à qual possam recorrer no momento exato em que os problemas de comunicação emergem, com a perspetiva de obter pistas e orientações.
Sabemos que quando falamos, utilizamos palavras e expressões.
Umas dão sentido à vida, outras, esvaziam-no.
As palavras, antes de simbolizarem algo que queremos partilhar, são estímulos e como todos os estímulos, têm o poder de:
enfim… sabemos que o cuidado é tão mais compatível com algumas palavras e menos com outras.
Sem querer e porque a velocidade é uma das características dos nossos tempos, por vezes dizemos palavras sem senti-las ou sem pensá-las. Por vezes escutamos as palavras do outro, não as saboreando ou mastigando, mas reagindo e não ponderando.
A velocidade e o cuidado são conciliáveis no ato de cuidar crítico ou de emergência, mas não, na cronicidade de cuidar, em que tantos cuidadores e cuidados se veem investidos.
Velocidade diz respeito a uma competição de 100 metros e não a uma maratona, ou seja, uma cooperação de anos, muitas vezes desconhecendo quantos e como serão vividos.
A HumaniCare ajuda no aumento do reportório de abordagens de comunicação que acrescenta àquele que o cuidador já possui. Com este enriquecimento, o cuidador explora:
Os dois lados da relação de cuidado são beneficiários da HumaniCare, embora tenha sido especialmente concebida e desenvolvida para os cuidadores e para lhes conferir apoio no momento em que se deparam com dificuldades na comunicação e com comportamentos resistentes.
Nas dificuldades reais de interação que se estabelecem em diversos níveis:
A Métis-Comunicação Humanizada em Gerontologia e a DYNETHIC juntaram duas valências que se encontravam separadas, numa só: associaram as práticas de comunicação para os problemas de interação mais frequentes e intensos em torno do ato de cuidar vividos pelos cuidadores, à tecnologia, facilitadora de um acesso às mesmas, agradável e intuitivo.
O acesso a esses conteúdos, faz-se em tempo real pelos cuidadores, através da navegação na app mobile HumaniCare, instalada nos seus smartphones.
É caso para se dizer que 1+1=3, pois o resultado desta associação de conteúdos de comunicação humanizada com a tecnologia, pode aliviar a vida de tantos quantos cuidam.
E é isto mesmo o que significa a tecnologia para nós. Não é um fim, mas um meio que converge para um objetivo maior: o cuidado a quem cuida.
A ideia HumaniCare foi concebida no final de novembro de 2019. O seu amadurecimento decorreu no ano de 2020 e em março desse mesmo ano, tínhamos uma vontade enorme de já a ter amadurecida, pois sabíamos que podia ser muito útil face às restrições precipitadas pela pandemia. Foi concluída em dezembro de 2020 e adotada em janeiro de 2021 por dois embaixadores que tanto nos honram e orgulham, por tudo aquilo que construíram e continuam a inspirar em termos de práticas inclusivas.
Referimo-nos a Dra. Rosa Maria Araújo, presidente da Direção Nacional da Associação Coração Amarelo e a Dr. Domingos Rosa, presidente do Conselho de Administração da Fundação AFID Diferença. Em fevereiro deste ano, iniciámos a divulgação.
Como um dos empreendedores desta dupla Métis-DYNETIC está a desenvolver os seus estudos académicos, partilhou as possíveis perguntas de partida de investigação para esta app mobile com o seu orientador, dialogaram sobre a concretização dessa pesquisa e a jornada de investigação para além da invenção, firmou-se.
Desta forma, a app mobile HumaniCare está a ser alvo de tese de doutoramento, no âmbito das Ciências da Cognição e Linguagem da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa em co-autoria com o Sr. Professor Doutor Alexandre Castro Caldas. Honra-nos profundamente ter a sua orientação!
Dar valor aos idosos é dar valor ao cuidador. Enquanto os cuidadores não forem apreciados no cuidado crónico que é complexo por aportar tanta incerteza, os adultos maiores em vulnerabilidade continuarão em depreciação.
Muitas são as instituições e empresas que já nos contactaram, manifestando a vontade de facilitar este complemento de formação aos seus cuidadores formais e informais, no caso de instituições IPSSs e organismos de administração local do nosso País.
No caso das empresas, aos colaboradores designados de “sandwich”, que ainda têm os seus filhos como dependentes, mas começam a ter a responsabilidade de alguns cuidados para com os seus pais.
A todos eles, o nosso muito obrigado pela preocupação manifestada com a qualidade de vida dos seus colaboradores, e por acreditarem em nós ao fazerem a viagem HumaniCare connosco.
A todos, um grande Bem Hajam!