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Existe hoje evidência de que o exercício é terapêutica eficaz em 26 doenças crónicas que abrangem um largo espectro de condições cardiovasculares, pulmonares, metabólicas, musculoesqueléticas, psiquiátricas e neoplásicas. Contudo, não deixa de ser legítimo termos reservas quando pensamos em praticar desporto. O risco de lesão existe e, por vezes, pode ser desencorajador. É importante salientar que a inatividade é dos principais fatores de risco para morbilidade e mortalidade. Além disso, este risco é minimizável se forem respeitadas determinadas regras como: start low, and go slow, conhecer os sinais de alarme, monitorizar o treino ou evitar o exercício em condições extremas.
O exercício físico é bom! Mas como?
A prescrição de exercício deve incluir quatro itens: frequência, intensidade, tipo e duração. Muito se tem debatido acerca da “quantidade” desejável. Apesar da maior popularidade do treino aeróbio, outros tipos de treino têm ganho expressão de forma a ir ao encontro de diferentes necessidades. O treino de força ou de coordenação trazem benefícios que a caminhada não traz.
Cada vez mais o exercício é prescrito de forma personalizada procurando otimizar os outcomes. Quando falamos em saúde, os antecedentes pessoais assumem um papel preponderante. Uma pessoa com Diabetes mellitus tem necessidades diferentes de outra com doença de Parkinson. O próprio excesso de peso deverá condicionar o tipo de exercício, de forma a proteger as estruturas articulares. Também o passado desportivo, o gosto pessoal ou os recursos disponíveis têm o seu papel. Um “diabético” de Alter do Chão que toda a vida montou a cavalo poderá ter um programa diferente de um “hipertenso” da Ericeira, que toda a vida surfou. Apesar de ambos necessitarem de um treino condicionado pela mesma patologia, a forma como o desenhamos poderá ser diferente em função das caraterísticas pessoais e envolventes.
O que significa, então, IR MAIS LONGE?
Treino é treino! Uns treinam para ir aos Jogos Olímpicos, outros para vencer o corta-mato da escola. E porque não treinar para conseguir ir ao café sem parar no caminho? Não cair? Não ter dor? Reduzir a medicação da tensão? Todos estes objetivos são tão nobres quanto outros, e igualmente merecedores de medalha. O envolvimento da própria pessoa na definição dos objetivos é tão importante como as suas condições de saúde ou logística envolvente.
Em conclusão, só com o envolvimento da pessoa, a ponderação das suas circunstâncias e a certeza de que o exercício é parte da saúde será possível IR MAIS LONGE.