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Bom ano!!!! Que bom continuar por aqui mais um ano. Tem sido um enorme prazer poder participar nesta coluna de opinião. Assim como foi extremamente gratificante o feedback que tenho tido em relação ao meu último artigo, sobre a Maturidade: uma forma “jeans” de estar na vida.
Na verdade, e como escrevi, não foi nada pensado. Foi um daqueles momentos “ahah” que temos e que fazemos umas descobertas interessantes. Gostei! Gostei do que li e ouvi e gostei do pedido de escrever mais sobre o tema. Por isso aqui está, a parte II.
Quanto mais penso nisto do “jeans” emocional mais feliz fico com este insight. Tenho dificuldade em expressar por palavras o que sinto. É como se me estivesse a apaixonar por mim mesma, por esta minha versão mais relaxada e ao mesmo tempo mais consciente e madura.
Uma das crenças limitadoras que tinha, que me veio lá de trás, final da infância e início da adolescência, tinha exatamente a ver com isto da mulher madura.
Porque acreditava que uma mulher madura é uma mulher pouco sensual, séria, meio frustrada e já velha. Imaginem bem!
Pois hoje, que já cheguei à maturidade etária, estou a tornar-me uma mulher emocionalmente madura, porque uma coisa não tem necessariamente de coincidir com a outra.
Não me revejo em nada naquela visão que tinha e daí esta ideia do “jeans” emocional fazer tanto sentido.
Acabei de ler um livro de uma autora portuguesa Helena Sacadura Cabral – Dez mulheres que amaram de mais, que fala da Jackie Onassis (ex-Jackie Kennedy).
Refiro este livro, que recomendo, porque quando fala desta mulher que foi ícone para muitas de nós que hoje andamos na casa dos 50 anos de idade, a autora conta que também Jackie vestiu na sua última fase da vida um “jeans” emocional. Foi mesmo muito interessante notar isso.
Fiquei a pensar no que poderia fazer se fosse uma mulher com o acesso que ela teve à cultura, à boa vida (jantares, fins de semana e passeios com amigas(os), etc.), mas também a profissionais que trabalham em áreas que nos ajudam a ser mais “jeans” e menos “vestido espartilhador”.
Se já assim faço o que faço, imaginem com maior facilidade de acesso (leia-se com maior disponibilidade financeira).
Isto quer dizer que o modo “jeans” de ser não é intrínseco ao ser humano, que pede um pouco da nossa ajuda consciente, o que está muito ligado ao tema da literacia para a longevidade.
Assim como é fundamental termos uma literacia para a longevidade, que serve para nos guiar nestes anos a mais de vida e mostra onde é preciso investir (disponibilidade financeira é uma delas), devemos ter uma literacia para o “jeans” emocional. Perceber o que é, como é o “jeans” emocional de cada uma de nós e onde queremos e precisamos investir.
Eu para já, e porque elegi 2022 como um ano de concretizações, vou investir no meu autoconhecimento (comecei a fazer Emotional Freedom Technique com uma terapeuta do Brasil) e na mudança na forma como me relaciono com o meu corpo. Ainda tenho uns pedaços do velho vestido espartilhado aqui sobre a minha pele.
Fica então a questão:
Qual é o vosso modelo de “jeans” e onde vão investir?
É que vale mesmo a pena. E isto não é uma coisa só de mulheres. Bem antes pelo contrário.
Bom 2022!!!
Ana João Sepulveda
Expert em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentado
Presidente da Associação Age Friendly Portugal e Embaixadora da rede Aging 2.0
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