O longo Caminho para o envelhecimento ativo | Sociedade

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O longo Caminho para o envelhecimento ativo

14/12/2022 | Sofia Alçada

Ana Abrunhosa, Ministra da coesão territorial Fonte: Site Lusa Ana Abrunhosa, Ministra da coesão territorial Fonte: Site Lusa

“Não temos uma sociedade preparada para os mais velhos”, refere a ministra, na sessão de abertura do 9.º Congresso de Envelhecimento Ativo e Saudável, na Sala Afonso Henriques, a antiga igreja do Convento de São Francisco, em Coimbra.

Em declarações aos jornalistas, após a sua intervenção, a ministra reiterou que “há um caminho longo a percorrer”, embora haja já “uma evolução extraordinária” neste campo, designadamente ao nível do conhecimento, na tecnologia e na forma como a sociedade se organiza face aos novos desafios do envelhecimento ativo e saudável. Ressalva ainda a importância de “termos uma sociedade no seu dia-a-dia mais preparada”.

Ana Abrunhosa defendeu que, “sobretudo num país com recursos limitados”, como Portugal, a solução para o envelhecimento da população passa “por adiar a dependência [dos idosos] e a sobrecarga” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Sabemos hoje mais sobre as maleitas dos mais velhos e sabemos como as evitar”, sublinhou, reiterando que “todos queremos envelhecer com qualidade”.

O 9.º Congresso de Envelhecimento Ativo e Saudável

O congresso foi organizado pelo consórcio Ageing@Coimbra, coordenado pelo professor e investigador João Malva, da Universidade de Coimbra, em colaboração com a entidade congénere AgeINfuture.

Um dos objetivos do congresso, é seguramente a garantia de estarmos mais preparados para os grandes desafios do envelhecimento, criando um processo que envolva pessoas mais ativas e saudáveis.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, que também participou no congresso, anunciou que a Câmara “vai criar um gabinete de gerontologia” respondendo a “questões relacionadas com todas as políticas” da autarquia. Refere a necessidade de “um envelhecimento que seja também participativo”, com os mais velhos a serem “motores das políticas” a eles dirigidas.

O congresso permite “demonstrar externamente o que de melhor se faz na região”, salientou aos jornalistas, por sua vez, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRC), Isabel Damasceno.

A CCDRC, com sede em Coimbra, é uma das entidades mais envolvidas, desde o início, na organização do Congresso de Envelhecimento Ativo e Saudável.

“É um caminho que se tem feito e temos envolvido os cidadãos”, afirmou João Malva coordenador do Ageing@Coimbra. A solidão das pessoas no processo de envelhecimento “é um problema que tem sido muito negligenciado nas últimas décadas”.

Fonte: Lusa