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Os formatos de habitação têm-se transformado nos últimos anos, uma consequência da subida do preço das casas, mas também do enraizamento de uma nova forma de viver. Há cada vez mais pessoas que procuram partilhar em vez de possuir, viver mais e melhor mesmo que isso implique ter menos.
O mercado não foi indiferente a esta procura e respondeu com novas soluções habitacionais tais como o student housing, o coliving, o coworking e o cohousing.
Em particular o cohousing ou “habitação colaborativa” é uma solução habitacional que possibilita aos seniores uma vivência em comunidade sem perda de privacidade. Na prática, os moradores têm casas individuais privadas, mas dispõem de espaços comuns que são considerados complementos das suas áreas privadas.
Em Portugal, o cohousing começa agora a dar os primeiros passos. Um dos projetos mais conhecidos é Bairro Padre Cruz, em Lisboa, que acolhe um equipamento intergeracional que inclui uma creche e um espaço para jovens, no rés-do-chão, e residências assistidas para seniores, nos andares superiores. Este é um projeto promovido pelo Município e gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Também no Porto os primeiros projetos começam a sair do papel. A Santa Casa da Misericórdia do Porto vai avançar com um projeto-piloto de cohousing composto por 30 apartamentos tipologia T1, na rua de Costa Cabral, na zona das Antas. E um segundo projeto na zona do Bonfim. Trata-se da reabilitação de uma habitação da Santa Casa da Misericórdia e que deverá servir para construir entre dez a doze apartamentos tipologia T1.
O cohousing tem o enorme potencial de possibilitar que as pessoas que não querem ou não podem continuar a viver nas suas casas tenham um ambiente que considerem como seu.
Veja aqui mais informação sobre cohousing numa entrevista a Nuno Cardoso