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Afinal, promover trabalho gratificante e gerir de maneira eficaz a força de trabalho de idades variadas, importa na geração de benefícios às empresas, aos trabalhadores mais velhos, e a todos na medida em que, um dia, todos envelhecerão.
A confirmar tais afirmações, identifiquei um estudo europeu muito bem fundamentado que agora trago aos leitores.
O IES, Institute for Employement Studies, em parceria com o Center for Ageing Better elaborou uma pesquisa cujo resultado define o que motiva os 50+ no trabalho, e o que os empregadores podem fazer para retê-los e envolvê-los, a fim de que todos se possam sentir satisfeitos.
Com base em evidências, o Center for Ageing Better cria mudanças nas políticas e práticas de emprego, trabalhando com parceiros em toda a Inglaterra, com o objectivo de melhorar:
O IES é um centro independente, sem fins lucrativos, apolítico e internacional de pesquisa e consultoria em questões de RH no Reino Unido.
Este Instituto foca-se no:
A missão do IES é ajudar a trazer melhorias sustentáveis na política de emprego e gestão de recursos humanos, por meio da sensibilização dos principais tomadores de decisão em órgãos políticos e organizações de empregadores.
Os resultados que as pesquisadoras Rosa Marvell e Annette Cox apresentam são absolutamente coerentes, em minha opinião, uma vez que refletem o que me motiva e sempre motivou ao trabalhar em organizações público e privadas.
No final da leitura, será muito bom saber se o leitor 50+ endossa as conclusões que resumirei.
O inteiro teor do relatório pode ser lido aqui.
Os factores que tornam o trabalho gratificante para os trabalhadores mais velhos são praticamente os mesmos que para as outras idades.
Os trabalhadores mais velhos procuram empregos que sejam:
Os colaboradores mais velhos são mais propensos a permanecer no trabalho se pensarem que seu trabalho é importante, que o seu empregador os apoia e que as suas necessidades são levadas a sério.
Esses factores proporcionam um equilíbrio positivo entre vida profissional e pessoal e fortalece as conexões com os empregadores, colegas e clientes.
Eles valorizam as oportunidades de aprendizagem, orientação de outras pessoas e progressão na carreira.
Ter um trabalho gratificante ajuda a promover auto-estima do trabalhador mais velho, a confiança, a interação e o bom desempenho do trabalhador mais velho.
Existem poucas diferenças entre as preferências dos trabalhadores maduros e dos jovens. Contudo, existem alguns fatores que se tornam mais importantes com a idade.
A saúde é o factor que nós 50+ valorizamos mais no trabalho, e que tem maior importância na tomada de decisões para continuarmos a trabalhar em uma organização, ou após a reforma.
É mais importante do que a satisfação ou a qualidade do trabalho.
Alguns dão mais valor à flexibilidade no trabalho, ou no trabalho de meio período que permita conciliar as necessidades de vida e de saúde.
Os trabalhadores mais velhos também são mais propensos a buscar valores organizacionais com os quais se identificam, e valorizam as oportunidades de:
Os princípios para uma gestão eficaz desses trabalhadores são os mesmos que os aplicáveis aos restantes colaboradores.
Isto é importante para que os lideres sejam devidamente treinados para gerir os indivíduos e equipes de forma justa, e que as políticas de trabalho flexível estejam disponíveis, e sejam promovidas positivamente para todos os funcionários.
Os colaboradores mais velhos devem ter o mesmo acesso a:
que os trabalhadores de outras idades.
Há uma necessidade económica e social de apoiar os trabalhadores sêniores para que possam garantir uma boa vida futura. E isso é importante tanto para as pessoas mais velhas quanto para os empregadores.
Estamos a viver mais e a trabalhar mais. Para muitas pessoas, trabalhar até mesmo depois da reforma é essencial financeiramente.
Entretanto, permanecer no trabalho traz outros benefícios importantes desde que seja adequado para o indivíduo maduro.
São eles:
Se significativo o trabalho dá às pessoas poder sobre como seu trabalho é feito, permite que vejam a sua contribuição e concede um senso de propósito e auto-estima (Black, 2008).
Pode favorecer a sua saúde por meio de estimulação física, mental e social (Waddell e Burton, 2006).
Esses trabalhadores são mais propensos a permanecerem no trabalho se acharem que seu trabalho é importante e cria valor, se o seu empregador os apoia e se as suas necessidades são levadas a sério (Bright, 2010; BITC, 2015; Kim e Kang, 2016; Buckle, 2015; Büsch et al, 2012).
Existem benefícios claros para os empregadores que retém os trabalhadores 50+ e os mantém envolvidos.
A capacidade dos trabalhadores mais velhos não diminui repentinamente com a reforma. Pelo contrário, os trabalhadores mais velhos podem dar contribuições substanciais às equipes.
Muitos trabalhadores mais velhos podem na verdade, ser mais hábeis nas suas funções por causa da experiência que adquiriram; pelas habilidades de comunicação altamente desenvolvidas e podem resolver problemas com segurança, lidar com situações difíceis e contribuir bem para as equipes.
Trabalhadores mais velhos costumam ter percepções únicas e bons julgamentos obtidos com os seus anos de experiência.
Gerir bem a diversidade, e a promoção de um trabalho intergeracional eficaz, reúne diferentes perspectivas e estímulos para maior produtividade, gestão eficaz de talentos, inovação e resolução de problemas (CIPD, 2014; Brown et al, 2014; Kunze e Menges, 2016)
É esta a realidade na empresa onde trabalha? Estão realmente a trabalhar no sentido da sustentabilidade e da inclusão?
Silvia Triboni
Editora e produtora de conteúdo sobre longevidade, economia prateada e benefícios do turismo para o envelhecimento saudável no site Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com
Fonte: What-do-older-workers-value.pdf (ageing-better.org.uk)
Citações: Inclusas no relatório. Veja aqui.