Os animais de estimação e o envelhecimento ativo | Saúde e Bem Estar

Introduza o seu e-mail

Os animais de estimação e o envelhecimento ativo

09/01/2023 | Sofia Alçada

Os animais de estimação e o envelhecimento ativo Fonte: Pexels Os animais de estimação e o envelhecimento ativo Fonte: Pexels

Se já tínhamos esta consciência agora temos mais um reforço dado pela publicação de um estudo realizado pela Universidade do Michigan que sugere que a relação se cria com um animal é boa para o nosso cérebro e ajuda ainda a diminuir o declínio cognitivo nas pessoas mais velhas. E ainda mais se essa é uma relação dita duradora de mais de 5 anos.

“Estudos anteriores sugeriram que o vínculo homem-animal pode trazer benefícios à saúde, como diminuir a pressão arterial ou o stress”, refere Tiffany Braley, do Centro Médico da Universidade de Michigan e autora do estudo, em comunicado à imprensa. E acrescenta ainda que “os resultados sugerem que ter um animal de estimação também pode proteger contra o declínio cognitivo”.

O declínio cognitivo e a relação com animais de estimação: Como decorreu o estudo

Para chegarem a estas conclusões, foram analisados os dados cognitivos de mais de 1300 adultos com uma média de idades da ordem dos 65 anos e com a função cognitiva normal para esta fase de vida.

  • 53% destes possuam animais de estimação
  • 32% com uma relação de longa data, ou seja, que possuíam um animal de estimação há mais de cinco anos.

Ao longo de seis anos, os pesquisadores mediram a função cognitiva com base em testes aos participantes do estudo, que incluíram:

  • A contagem de números,
  • problemas de subtração,
  • a recordação de palavras.

Com base no desempenho dos participantes nesses testes a cada ano, eles recebiam uma pontuação cognitiva que variava de 0 a 27.

Em termos de composição da amostra para o estudo:

  • 88% eram brancos,
  • 7% negros,
  • 2% hispânicos
  • 3% eram de outra etnia ou raça.

Resultados dos testes:

Os pesquisadores da Universidade do Michigan descobriram que, ao longo do período de seis anos, as pontuações cognitivas diminuíram a um ritmo mais lento nos participantes que detinha animais de estimação comparativamente a quem não tinha. E detetaram ainda, que quem tinha um animal há mais de 5 anos, conseguiu ainda melhores resultados fruto desta relação mais longa.

Em média, os donos de animais de longa data tiveram uma pontuação cognitiva 1,2 pontos maior em comparação com os participantes sem animais de estimação.

Além disso, os pesquisadores também descobriram que os benefícios cognitivos da posse de animais de estimação em pessoas mais velhas eram ainda maiores em participantes negros, homens e idosos com educação universitária, de acordo com o relatório.

Embora a pesquisadora Tiffany Braley tenha referido ser necessário mais evidencias científicas para confirmar os resultados, outros estudos permitem concluir que existe uma redução dos níveis de estresse dos donos de animais de estimação o que pode ser uma explicação para os resultados deste estudo.

“O estresse pode afetar negativamente a função cognitiva” o que significa que níveis mais baixos de estresse podem ajudar a retardar o declínio cognitivo.

Pesquisas anteriores também mostraram que os donos de animais de estimação, especialmente de cães, são mais propensos a fazer exercício como caminhar com mais frequência do que os que não têm animais.

Esse exercício adicional pode ser um impulso para o seu cérebro e também para o seu corpo, de acordo a pesquisadora.

E então se gosta de animais, que tal adotar um animal para lhe fazer companhia e trabalhar a sua boa longevidade?

Fonte: https://www.cnbc.com/