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Podemos viver até aos 150 anos? Sim, diz a ciência

23/07/2021 | Fernanda Cerqueira

Será possível superar a longevidade de Jeanne Calment e que viveu 122 anos? FOTO: UNSPLASH Será possível superar a longevidade de Jeanne Calment e que viveu 122 anos? FOTO: UNSPLASH

Todos ouvimos com admiração o exemplo de Jeanne Calment, a senhora francesa que faleceu com 122 anos, em 1997. Mas, será possível superar a extraordinária longevidade desta senhora? A ciência diz que sim.  

A pergunta que os investigadores colocaram foi "qual o período temporal mais longo que pode ser vivido por um complexo sistema humano se tudo o resto correr muito bem e num ambiente sem stress?"

As conclusões do estudo realizado revelam que o envelhecimento manifesta-se como "um declínio funcional progressivo" e a "resiliência" do corpo, ou seja, a sua capacidade de recuperação acaba por se perder na faixa entre os 120 e os 150 anos. Assim, os cientistas acabam por concluir que os 150 anos de idade é o "limite absoluto" que qualquer corpo humano saudável é capaz de suportar.

O estudo, publicado na Nature Communications, foi conduzido pela Gero, empresa sediada em Singapura, em colaboração com o Roswell Park Comprehensive Cancer Center, em Buffalo, Nova Iorque. E participaram milhares de voluntários nos EUA e no Reino Unido que contribuíram com dados para o estudo.

A busca pela longevidade

Muitas empresas e grande empreendedores já começaram a procurar formas de aumentar a longevidade. Peter Thiel, empreendedor multimilionário de Silicon Valley [que co-fundou o PayPal], financiou os trabalhos de investigação de uma empresa [a United Biotechnology] que visa combater o envelhecimento.

A Google também deu o seu apoio à causa, com a formação de uma empresa [Calico – abreviatura de California Life Company] que visa prolongar a longevidade do ser humano.

Segundo os cientistas envolvidos na investigação, é possível que o «limite absoluto» de 150 anos possa ser aumentado no futuro. "Medir e avaliar algo é o primeiro passo antes de se proceder a uma intervenção", comentou Peter Fedichev, co-fundador da Gero.  O próximo passo desta equipa de investigação já está traçado e é encontrar formas de intercetar a perda de resiliência.

 

Fonte: O ser humano pode viver até aos 150 anos, dizem os cientistas