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A esperança de vida à nascença em Portugal, em 2019-2021, foi estimada em 80,72 anos, sendo de 83,37 anos para as mulheres e de 77,67 anos para os homens, o que corresponde a uma diferença de quase seis anos.
A maior longevidade das mulheres tem suscitado o interesse da comunidade científica que tem evidenciado fatores biológicos e sociais que explicam que as mulheres tenham uma maior esperança de vida.
Os homens têm uma maior propensão para comportamentos de risco, tais como, beber, fumar ou descuidar a alimentação. Contudo, a maior diferença entre homens e mulheres parece residir nos fatores biológicos.
Já aqui partilhamos as descobertas dos cientistas da Universidade de Virgínia, nos EUA, e que evidenciam a importância dos dois cromossomas X nas mulheres. Os homens têm um cromossoma X e um cromossoma Y e isso parece ter impacto no envelhecimento. De acordo com este estudo «particularmente depois dos 60 anos, os homens morrem mais rapidamente do que as mulheres. É como se envelhecessem biologicamente mais rapidamente». Pode saber mais no nosso artigo "Ciência pode ter encontrado a explicação para a menor esperança média de vida dos homens".
Mas, há outros estudos que revelam esta relação entre as características biológicas e o envelhecimento. De acordo com um estudo realizado por investigadores da Universidade de Jyväskylä, ao atingirem os 50 anos, os homens têm, na verdade, e em média, mais quatro anos biológicos do que o sexo oposto.
O estudo comparou a idade dos voluntários no estudo com a sua idade biológica, sendo que esta última é aferida através da análise de marcadores encontrados no nosso DNA. “Descobrimos que os homens são biologicamente mais velhos do que as mulheres, quando têm idades cronológicas idênticas. A diferença é consideravelmente maior nos participantes mais velhos”, explica uma das investigadoras.
Os investigadores foram mais longe e quiseram também fazer a mesma análise de envelhecimento em gémeos de sexos opostos. Nestes foi observada uma diferença similar.
O par masculino tinha mais um ano biológico do que o par feminino, sendo que cresceram no mesmo ambiente e partilham metade dos genes. Uma vez mais parecem relevar as diferenças genéticas relacionadas com género e o impacto benéfico na saúde das hormonas femininas, tais como, o estrogénio.