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Os desafios dos últimos anos impulsionaram um novo paradigma do mercado de trabalho, mais digital e flexível, em que a captação e retenção de talento são alguns dos principais desafios.
A mudança para ambientes de trabalho mais flexíveis e em regimes híbridos, em que a semana de trabalho se faz entre a casa e o escritório, parece ter-se consolidado. Servindo-se do enorme potencial tecnológico, os trabalhadores conseguem um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Um dos principais problemas do mercado de trabalho transita de 2022 para 2023 e prende-se com a escassez de talento.
De acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, em Portugal a taxa de desemprego cifrou-se no passado mês de novembro em 6,4%. Este número traduz-se numa situação de pleno emprego, o que é uma boa notícia, mas que significa também um grande desafio para as empresas que querem crescer. As empresas devem estar atentas e gerir bem o seu talento, potenciar as capacidades e o desenvolvimento da carreira dos seus funcionários.
Este contexto reforça a importância das equipas multigeracionais, de uma cultura de capacitação e de requalificação, em que equipas podem ser talent pools onde encontramos as mais diversas competências, com níveis muito diferentes de desenvolvimento. São estas equipas aquelas que estão mais habilitadas a conquistar “riqueza” para a sua empresa.
É essencial que nas empresas seja criado um ambiente de partilha e de colaboração em que todos podem aprender uns com os outros. Iniciativas de desenvolvimento e formação, mentoria, equipas de projeto, team coaching e career coaching são algumas das possibilidades para superar estereótipos geracionais e ultrapassar ideias preconcebidas.
Num texto de opinião para a Human Resources, Filipa Alves Peixoto, Expert Manager, da Randstad Portugal, referia que uma estratégia de desenvolvimento com foco na construção de uma equipa multigeracional permitirá superar «o “ainda não sabes” dito aos mais novos e o “já não sabe” dito aos mais velhos». O que nos levará até «um lugar muito interessante onde talvez estejam as respostas a algumas das necessidades mais urgentes das organizações.».
É nesta valorização das capacidades de cada elemento que compõe a equipa de trabalho que as empresas podem encontrar respostas para um ano que arranca envolto em alguma incerteza. Com previsões de recessão económica e crescimento da inflação há dúvidas sobre a resiliência das empresas e que só os próximos meses irão esclarecer.