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Por oposição à perspetiva “one size fits all” (tamanho único para todos), a medicina de precisão consiste numa abordagem personalizada ao tratamento e à prevenção de doenças. Uma nova abordagem e que apresenta o potencial de revolucionar os cuidados de saúde, procurando assegurar a otimização do tratamento das doenças, ou seja, administrar o fármaco certo ao doente certo, na dose e no tempo corretos.
Tal como nos explica a professora Ana Teresa Freitas, do Instituto Superior Técnico e cofundadora e CEO da HeartGenetics, Genetics and Biotechnology, em entrevista, «tanto a palavra precisa como a palavra personalizada fazem parte de uma designação mais lata que é a designação de medicina dos 4Ps. Este novo paradigma considera que o ato médico deve ser preciso, personalizado, preventivo e participativo».
Preciso – quer dizer utilizar mais dados individuais para tomar uma melhor decisão.
Personalizada – quer dizer que cada ato médico deve ser o mais único possível e dirigido apenas àquela pessoa.
Preventivo – quer dizer que não devemos esperar para tratar doenças, mas sim investir em manter a pessoa saudável.
Participativo – quer dizer que o individuo deve ser dono dos seus dados e participar de forma ativa na prevenção e cura da doença.
A medicina de precisão tem a capacidade de mudar drasticamente a forma como se diagnostica, trata e previne as doenças.
Na opinião da professora Ana Teresa Freitas, a medicina de precisão vai trazer-nos grandes benefícios. Desde logo, ao indivíduo que não só vive mais, como vive com mais qualidade e por mais tempo; aos profissionais de saúde que podem desenvolver e apresentar ao paciente tratamentos mais informados e precisos; e à sociedade, como um todo, que beneficia de pessoas mais saudáveis por muito mais tempo, o que leva também a menos gastos com a saúde.
Da longevidade 2.0 à longevidade 3.0
A adoção deste novo modelo de medicina, focado na pessoa e não na doença, está a encaminhar-nos para um novo paradigma de longevidade – a longevidade 3.0. É a transição de um conceito de esperança média de vida, para um conceito de qualidade de vida por mais anos.
Explore mais sobre este tema. Não deixe de ler a entrevista com Ana Teresa Freitas, professora catedrática no Instituto Superior Técnico e cofundadora e CEO da HeartGenetics, Genetics and Biotechnology e, ainda, o artigo “Bem-vindo à longevidade 3.0 | Viver mais anos e com mais saúde”.