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Associado a esse aumento da população idosa encontramos outra realidade, a reforma.
A passagem à reforma é um momento que envolve mudanças e transições em vários aspetos da vida, exigindo que cada indivíduo tenha um envolvimento ativo na procura de uma adaptação bem-sucedida.
Atualmente, o conceito de velhice e o da reforma passaram a representar duas realidades distintas uma vez que a idade para se ser considerado “velho” surge agora bem mais tarde, desassociando a idade biológica da idade institucional para a reforma.
Durante muito tempo, a transição para a reforma foi vista como um período problemático, uma vez que obrigava a reajustamentos profundos no quadro de vida e na identidade social, em relação aos quais os indivíduos nem sempre reagiam de modo mais adequado.
Atualmente a reforma continua a ser um marco importante no curso de vida das pessoas adultas maduras, porque implica uma transição entre dois tempos sociais distintos, o trabalho e o pós-trabalho.
Para a maioria das pessoas, a passagem à reforma não assinala apenas o fim da atividade profissional.
É também o fim de um período longo que:
podendo ser ao mesmo tempo um momento de libertação e de renovação, passado a viver com outro ritmo, estabelecer novas metas, investir no lazer e na formação pessoal.
Conforme referido no site da organização, Transições é uma organização sem fins lucrativos, dedicada a ajudar as pessoas que se encontram numa mudança de vida, o “pré-reforma” ou o pós-reforma, de modo a caminharem para uma reforma e para um envelhecimento ativo e saudável. E claro atingir uma longevidade com qualidade de vida.
A forma como o fazem inclui partilhar de histórias e experiências pessoais de membros através da:
A Transições, fundada em Janeiro de 2021, deu os seus primeiros passos na forma de tertúlias com os seus membros fundadores (apenas 20).
Os temas que debatiam nas tertúlias digitais centraram-se muito no mundo do trabalho versus uma nova vida, mais feliz e mais leve, que cada um começou ao deixar para trás o mundo empresarial.
Temas como
são alguns dos exemplos.
É um grupo homogéneo, onde todos têm, ou tiveram uma carreira profissional intensa e ao mesmo tempo, heterogéneo com diversas formações académicas, diferentes experiências profissionais e áreas de atividade distintas.
Construímos a Transições porque acreditamos que todos podemos beneficiar com:
A Transições pode ser considerada como uma comunidade onde as pessoas, em fase de transição, partilham os seus medos, ideias, alegrias e sucessos.
Ao tornar-se Membro da Transições, passa a fazer parte de uma comunidade que está a pensar como fazer, ou já a redefinir a sua vida pós carreira profissional e que continua a sentir-se visível, útil e com um papel ativo na sociedade e no mundo de hoje.
Todos os Membros da Transições têm um papel ativo na Organização, desempenhando funções nas suas áreas de competência e beneficiando também de um conjunto de regalias nas diferentes vertentes que a Organização venha a disponibilizar.
Hoje já são mais de 100 membros que compõem a organização.
O rápido crescimento do grupo foi uma surpresa agradável e ao mesmo tempo um pouco assustadora. O sentimento geral foi “como vamos conseguir ir ao encontro das expectativas de todos os novos membros?”. A resposta apareceu tranquila quando decidimos “vamos viver um dia de cada vez e sobretudo ouvir, sentir, os nossos membros, e ser flexíveis de forma a assegurarmos as suas expectativas.
Com um conteúdo já bastante significativo, quer na área de preparação da transição, quer na área da reforma ativa, o site da Transições apresenta um vasto leque de atividades.
Em termos práticos, todos trabalham com o mesmo fim:
que permitam preparar e encarar cada etapa desta nova e longa vida que se destina a ser bem vivida quer do ponto de vista físico, emocional e social.
Hoje somos um grupo de adultos maduros, dos 40 aos 75 anos, mas queremos contar também com os que já rondam os 80 ou 90 ou mesmo mais anos e que continuam a acreditar que a vida é para se viver, em pleno. Acreditamos na intergeracionalidade em que todos podemos aprender seja em que fase da vida nos encontramos.
Existem vários tipos de atividades já organizadas e que estão detalhadas no site, que vão desde o exercício físico, passando pela cultura e artes, e até viagens.
A missão da TRANSIÇÕES é apoiar os cidadãos seniores no planeamento e na preparação da reforma, promover a sua qualidade de vida e contribuir para um envelhecimento ativo, saudável e feliz, através de ações que contribuam para a promoção do seu bem-estar.
Com o passar dos anos, a diminuição das interações sociais é acentuada com a passagem para a reforma. O que se verifica é que a maioria das pessoas na faixa etária dos 60+ perde o contato com os colegas de trabalho e deixa de frequentar os locais onde costumavam ir.
Isso pode trazer um sentimento de solidão e isolamento, fazendo com que as pessoas fiquem cada vez mais introspetivas. Para evitar que isso aconteça, a Transições apresenta-se como uma opção para a reconstrução dessa rede de relacionamentos.
Queremos reforçar que preparar a transição da vida profissional para uma nova vida ativa é uma forma de facilitar a transição.
Queremos também ser um apoio às pessoas que, já tendo optado pela reforma, passam por transições de vida, numa fase pós-laboral.
Juntar pessoas e partilhar histórias, momentos, gargalhadas, medos e toda uma vida que temos à frente, se caminharmos juntos e com mais relacionamentos tudo vai parecer mais fácil. A alegria da reforma é que desfrutamos de muitas oportunidades para experimentar.
Cabe a cada um de nós conceber o tipo de dia-a-dia que sonhamos - e o tipo de vida que desejamos viver.
Por Cristina Nogueira Ramos (Membro Fundador da Transições) e Teresa Prata Marques, (Fundadora da Transições)