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Portugal é um país pequeno, com cerca de 10 milhões de habitantes, maioritariamente, concentrados nas cidades do litoral. Curioso é perceber que quase 30% da população que vive em meios urbanos admite que gostaria de mudar-se para o campo. A conclusão é do estudo ‘O impacto da pandemia nas marcas territoriais’, da Bloom Consulting, que este ano acompanha a edição anual do Portugal City Brand Ranking.
É na faixa etária dos 35-44 anos e entre os habitantes de Lisboa, Braga, Évora e Coimbra que este apelo pela vida do no campo parece mais forte, com 41% dos inquiridos a afirmar que gostariam de trocar a cidade pelo campo. Os mais reticentes a estas mudanças são os jovens entre os 18 e 24 anos e os cidadãos que vivem nos distritos de Viana do Castelo, Ponta Delgada, Beja e Castelo Branco.
O Portugal City Brand Ranking posiciona Lisboa, Porto, Cascais, Braga e Coimbra no top, como os melhores municípios para viver, investir e visitar.
Durante décadas as pessoas deslocaram-se das zonas rurais para os centros urbanos à procura de trabalho, melhores salários e, consequentemente, mais qualidade de vida. Contudo, o ritmo de vida nas cidades parece penalizar a saúde e o bem-estar dos seus habitantes, cansados da correria do dia-a-dia e tantas vezes incapazes de usufruir da cultura e movida que outrora tanto os atraiu nas cidades.
O último ano e meio, marcado pela pandemia, parece ter vincado esta vontade de abrandar, de procurar uma vida mais tranquila e de maior proximidade com a natureza.
Acresce a diferença de custo de vida entre as zonas urbanas e rurais, desde logo o custo da habitação, o que aliado ao crescimento do teletrabalho fazem cada vez mais pessoas pensar em como poderiam ser boas as suas vidas na velha aldeia que veio os seus avós e os seus pais nascer.
Contudo, a vida no campo não são só flores. Há um caminho a percorrer e parece existir alguma resistência em avançar.
Quando pensamos no sítio onde queremos viver procuramos escolas para os nossos filhos, procuramos hospitais centrais próximos, procuramos redes de cuidados e de assistência e possibilidades de trabalho. Da mesma forma que procurar trabalho levou os nossos avós e pais a ir viver para as cidades e até a emigrar, o trabalho também pode trazê-los de volta às origens.
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