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Ainda é comum a ideia de que à escola vão os mais novos. Contudo, são cada vez mais as pessoas que se apercebem que em nenhuma fase da vida tiveram tanta vontade e disponibilidade, de tempo e de dinheiro, para ir à escola como depois dos 50 anos.
Talvez frequentar o curso superior que quando era mais novo(a) não teve oportunidade de fazer. Ou aprender uma língua estrangeira.
Este também pode ser o momento ideal para viver a sua paixão pela cozinha e fazer uma formação em culinária ou dar liberdade ao artista que há em si e experimentar aulas de pintura ou olaria.
Há também os amantes do desporto, mas cujas vidas agitadas entre trabalho - casa - filhos nunca permitiram experimentar aulas de surf, de ténis ou de golfe.
E o que dizer dos que ainda olham para os computadores com alguma curiosidade. Este é o momento perfeito para aprender e descobrir o enorme potencial das ferramentas da tecnologia e da internet.
A decisão de voltar a estudar ou de começar a aprender algo totalmente novo é uma boa decisão em qualquer momento da vida. Mas é talvez depois dos 50 anos que há maior disponibilidade. Identificamos algumas das vantagens de começar ou recomeçar a estudar aos 50 anos:
Progressão profissional e salarial
Voltar a estudar depois dos 50 anos pode ser muito importante para alcançar novas oportunidades na sua profissão ou mesmo para mudar de carreira.
Alargar o seu círculo de amigos
Alguns dos amigos que fizemos na escola ficaram para toda a vida. O ambiente de sala de aula é sem dúvida um bom terreno para socializar, para conhecer outras pessoas e alargar contactos.
Estimular o cérebro e prevenir o envelhecimento
O nosso cérebro é um músculo e precisa de ser exercitado. Manter a mente ativa é uma das melhores estratégias para evitar o aparecimento de doenças degenerativas do cérebro.
Elevar a autoestima
Saber mais vai contribuir para se sentir mais capacitado, melhor consigo mesmo. Rodear-se de mais pessoas que partilham os mesmos gostos contribuirá para se sentir integrado, ativo e produtivo melhorando a sua confiança e autoestima.
Existem diferentes opções para quem deseja voltar a estudar depois dos 50 anos. Se a sua ambição é realizar um curso de pintura ou de línguas estrangeiras deve procurar escolas que prestem estas formações e matricular-se. As suas habilitações anteriores para estas formações, à partida, não são relevantes e a única coisa que o pode impedir de realizar este sonho é a sua motivação.
Muito diferente de entrar para um destes cursos ou formações é a entrada num curso superior. As condições de acesso ao ensino superior variam consoante o grau académico que pretende obter, se em causa está o sistema público ou o sistema privado de ensino e até mesmo entre universidades do mesmo sistema podem existir regras diferentes. Assim sendo, esta é uma decisão que deve ser bastante ponderada e caso decida avançar deverá estudar as condições das várias universidades e consultá-las diretamente para perceber as condições de admissibilidade.
De acordo com a Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), as universidades seniores «são hoje o programa de educação de adultos com mais sucesso no mundo inteiro envolvendo milhões de pessoas nos 5 continentes. Em Portugal, as US da RUTIS significa, mais de 45.000 alunos, 300 entidades e 5.500 professores voluntários».
O objetivo é levar conhecimento aos seniores, oferecendo-lhes a oportunidade de aprender, o que não foi possível quando eram mais novos, ou aprofundar conhecimentos, contribuindo desta forma para uma melhoria da qualidade de vida, promovendo a atividade mental, a transmissão de conhecimentos e reforçando laços de amizade.
As US funcionam em horário laboral, durante a semana, seguindo o calendário escolar (abrem em Setembro/Outubro, fecham no Natal, Carnaval e Páscoa e encerram em Junho/Julho). As disciplinas existentes variam de US para as US, sendo as mais populares a informática, a saúde, história, inglês e cidadania.
Quase a terminar, recorde o exemplo do britânico Derek Skipper que, aos 92 anos, inscreveu-se no exame de matemática e passou com distinção. Bons exemplos, que nos inspiram todos os dias.