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A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses, Maria Amélia Ferreira, explica as bases para este projeto, que se encontram ligadas ao envelhecimento em comunidade. Este workshop inclui um conjunto de técnicos que trabalham com a população de maior idade, colocando-os em contacto com a natureza, por ser um ambiente a que os habitantes do Marco de Canavezes já partilham e partilharam ao longo de toda a sua vida e onde podem fazer, recordar e reavivar memórias.
Esta é uma atividade enquadrada no projeto Greencare, do Serviço Móvel de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses, em parceria com a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses (EPAMAC). Um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Este workshop trás uma novidade que assenta na chamada de atenção para um conjunto de factos da própria natureza, assim refere Maria Amélia Ferreira:
“Está ligado ao desenvolvimento de uma série de intervenções, que não são farmacológicas, mas ligadas à natureza, para manter a reserva cognitiva de cada um dos participantes. Vamos ajudar a que tenham um envelhecimento mais saudável”, para além de ao estarem em comunidade, ultrapassam a questão da solidão que é um dos fatores que impede uma boa longevidade e um envelhecimento positivo.
Foto: DR
De acordo com Maria Amélia Ferreira, a parceria com várias entidades vai tornar os participantes:
“Sem dúvida que as pessoas têm que estar no seu próprio meio, na sua casa, no meio onde sempre viveram”, para que o envelhecimento seja feito de forma saudável e possa contribuir para uma melhor longevidade.
Segundo a provedora este projeto vai contar com parcerias locais, como por exemplo jovens do concelho e a Confraria do Anho Assado com Arroz do Forno. O projeto vai contemplar, no mínimo, 150 participantes e 70 cuidadores, e está previsto durar cerca de 2 anos.
É sempre importante a divulgação e a realização destas iniciativas locais de estímulos às comunidades de pessoas de maior idade e não só, para que estas continuem a sentir-se parte da comunidade e da sociedade local. A natureza tem assim um papel fundamental de estímulo aos nossos sentidos e as nossas memórias, que deve sempre que possível, ser enquadrada nas nossas vidas seja em que fase for.
Fonte: artigo adaptado de A Verdade