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Num estudo feito com mais de 4 mil adultos com idades compreendidas entre os 18 e os 98 anos, e publicado na Revista “Nature Metabolism”, as alterações sofridas pelo microbioma intestinal pode ser um fator explicativo da longevidade. Ainda que este estudo esteja numa fase inicial, pode ser um bom contributo para explicar algumas das questões relacionadas com a longevidade, apontando que pode ser possível manipular ácidos biliares, metabolizando as capacidades dessas bactérias de forma a contribuir para uma melhoria da saúde.
A microbiota intestinal é a soma dos microrganismos que compõem o intestino humano, e que inclui as bactérias, vírus, fungos. Forma-se logo após o nascimento do bebê. A mãe é a principal fonte desses microrganismos.
Assim, os investigadores acreditam que uma menor diversidade bacteriana pode estar associada a fragilidade das pessoas de maior idade.
O microbioma intestinal sofre muitas alterações ao longo do tempo, formando, assim, um perfil único de microrganismos, com níveis altos de compostos que ajudam a dar uma boa saúde sanguínea, incluindo os produzidos pelos micróbios intestinais.
Em pessoas com idades superiores a 100 anos, foi detetado um alto nível de um ácido biliar secundário, produzido no fígado, chamado de ácido isoalolitocólico (isoalloLCA). O isoalloLCA, em teoria, pode inibir o desenvolvimento de bactérias prejudiciais ao intestino.
Foram conduzidas experiências com ratos com a aplicação do ácido. O resultado foi a diminuição do crescimento de uma bactéria que causa diarreia e inflamação no cólon.
A microbiologista Kenya Honda, uma das pesquisadoras envolvidas neste estudo, refere que as bactérias produtoras de ácido biliar poderão ser utilizadas como probióticos, para melhorar de forma preventiva a saúde humana de pessoas mais jovens, conduzindo provavelmente a uma maior longevidade.
Aqui fica mais um insight que poderá explicar a maior longevidade de algumas pessoas em relação a outras, e quem sabe, elementos que poderão ser usados e potenciados numa lógica de prevenção e melhoria da nossa saúde ao longo do tempo.
Fonte: Revista “Nature Metabolism”