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Regina Cruz da WellBeing 3.8 Foto: Eduardo Mingote
Regina Cruz: Uma possível definição de bem-estar regenerativo, e que inspira a minha forma de trabalhar, é a de que é um bem-estar interconectado entre o nosso bem-estar e o de todos os sistemas vivos que estão à nossa volta:
Começa dentro de nós e expande-se em níveis maiores de complexidade. Implica utilizar abordagens em sintonia com a forma como a vida funciona e gera mais vida.
Regina Cruz: Começa por um descontentamento, pela forma como muitos dos projetos de bem-estar se iniciam. Reativos, muito focados no curto prazo e na resolução de problemas.
Claro que resolver problemas é importante. Mas, se criarmos uma cultura de bem-estar focada em potenciar a saúde das pessoas, a par da saúde dos negócios, numa relação de reciprocidade, os resultados ganham relevância.
Talvez o facto de sempre ter considerado o bem-estar como dimensão da Responsabilidade Social me tenha ajudado a ampliar o olhar e a chegar à abordagem regenerativa.
Depois comecei a estudar:
e a decisão de incorporar a abordagem regenerativa no meu trabalho foi muito rápida.
Difícil foi conseguir absorver tudo o que tem para oferecer. Sou uma eterna aprendiz.
Os campos que a regeneração toca são muito vastos e de uma riqueza maravilhosa.
Regina Cruz: A abordagem regenerativa não é recente.
Encontramos na literatura vários estudos de 2005 onde já se fala de design e desenvolvimento regenerativo como uma evolução da sustentabilidade (alguns autores de referência na área: Bill Reed, Pamela Mang, grupo Regenesis).
Nos últimos anos, a narrativa regenerativa ganha relevância em vários campos de atuação e surgem movimentos que se posicionam na emergência de um novo paradigma, colocando a regeneração como princípio de atuação para novas formas de fazer negócios.
tudo isto já está a acontecer, e o que agora parece ser vanguarda, é pura vantagem competitiva.
Nomes como John Fullerton, fundador do Capital Institute que sugere repensar todo o sistema financeiro seguindo princípios regenerativos, Carol Sandford leva o conceito de regeneração para o mundo dos negócios, Daniel Christian Wahl é um nome de peso quando falamos de Culturas Regenerativas, Filipe Tavares, um dos fundadores do Instituto de Desenvolvimento Regenerativo, Laura Storm é também um dos nomes a reter quando falamos de liderança regenerativa, e muitos outros.
Em 2020, em plena crise global, multiplicam-se os artigos, relatórios de tendência e eventos, onde a Regeneração é o mote para a construção do tão desejado novo normal.
Regina Cruz: A Wellbeing 3.8 vai nascer em breve, como uma marca colaborativa e uma equipa multidisciplinar comprometida a ajudar na criação de culturas de bem-estar bio-inspiradas.
A natureza é o sistema vivo mais resiliente e regenerativo que existe. Já recorremos a ela quando o tema é inovação de produtos, através da Biomimética, porque não aplicarmos os mesmos princípios na forma como nos relacionamos connosco, com os outros e com os lugares onde vivemos?
É o que nos propomos fazer. Acreditamos que é uma abordagem apropriada aos desafios que enfrentamos.
Nas empresas e organizações, princípios como a
como os que encontramos na natureza, podem ajudar-nos no desenvolvimento de uma mentalidade de Colaboração, Criatividade e Contribuição.
Sabemos também que a reconexao ao mundo natural e o voltarmos a nossa atenção para as coisas vivas nos traz inúmeros benefícios para a nossa sustentabilidade interior, com impacto na nossa saúde mental e física, tão comprometida no contexto atual e por isso, tão urgente.
Regina Cruz: Talvez a bio inspiração esteja toda neste número!
Somos inspirados pelos princípios que sustentam a vida à cerca de 3.8 mil milhões de anos, quando surgiram as primeiras formas de vida no nosso planeta. 3.8 mil milhões de anos de mentoria à nossa disposição repleta de inspirações, estratégias, analogias e muitos ensinamentos.
Três são também as dimensões nas quais atuamos:
Queremos estar alinhados com aquela que é a agenda global mais importante do mundo, a Agenda 2030 das Nações Unidas, no ODS 3 que corresponde à Saúde e Bem-Estar e no ODS 8 que corresponde ao Trabalho Digno e Crescimento Económico, certos da ligação destes a todos os outros.
Consideramos que com o nosso trabalho estamos a contribuir, em conjunto com os nossos clientes, para a reflexão, consciencialização e concretização duma agenda global tão importante.
Regina Cruz: Não temos menus de serviços. Acredito que nunca venhamos a ter.
Vamos trabalhar temas como
e ajudamos na elaboração de projetos integrados de Bem-Estar e Responsabilidade Social. Estas são algumas das ofertas com as quais podem contar em formatos de workshops, ações de sensibilização e facilitação, jornadas de aprendizagem e gestão de projetos.
Regina Cruz: Move-me a vontade de fazer parte da construção de um mundo melhor, onde o bem-estar de todos é sinal de prosperidade, onde a felicidade é consequência do que estamos a fazer por bem.
Li em algum sítio que uma vida longa, saudável e feliz é o resultado das contribuições e projetos significativos que sejam pessoalmente enriquecedores e contribuam para melhorar a vida dos outros.
É essa vida que eu desejo para a Wellbeing 3.8 e para todos os que, por bem, se juntarem a nós.
Quer saber mais acerca do tema, não perca o nosso podcast sobre Bem-estar Regenerativo com Regina Cruz na rubrica da Economia da Longevidade.